Um dos líderes da facção criminosa Os Manos, Tiago Benhur Flores Pereira tenta deixar a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, unidade de segurança máxima para a qual foi transferido após ter sido acusado de ordenar a construção de um túnel para fuga de mil presos, na Cadeia Pública de Porto Alegre.
O criminoso cumpre pena de 175 anos de prisão por roubos, associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas e receptação. Por meio de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benhur pediu para voltar à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), no Rio Grande do Sul, mas o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, negou. Antes, ele teve o mesmo pedido indeferido por outros magistrados.
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No processo, Benhur alega que estava sendo atendido na unidade por “médico de sua confiança, com amparo familiar e tratamento específico para o grave problema de saúde que tem enfrentado”.
Há aproximadamente um ano, o criminoso passou por uma cirurgia na coluna após ter sido diagnosticado com lombocitalgia (dor na lombar). Depois da intervenção cirúrgica, ele recebeu prescrição médica para utilizar cinta de contenção.
Em decisão expedida em 30 de dezembro de 2021, Humberto Martins disse não ter encontrado, em uma análise preliminar, “flagrante ilegalidade que justifique o deferimento do pleito liminar em regime de plantão”. O presidente do STJ citou que, recentemente, a ministra Laurita Vaz havia negado o pedido do preso.
Túnel para fuga
Em 2017, Benhur foi um dos quatro líderes da facção Os Manos denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por terem determinado a construção de um túnel para fuga da Cadeia Pública de Porto Alegre. Além dos criminosos, outros mil presos planejavam sair pelo túnel, segundo a denúncia do MPRS.