Uma faxineira terceirizada da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi presa após ser flagrada posando para fotos usando o uniforme tático de policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE). Ao ser abordada, os agentes localizaram diversos objetos furtados na mochila da suspeita, entre eles, distintivos, gondola de combate, cinto tático, coldre e um pacote de café.
O caso foi registrado na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural). A coluna apurou que a autora é uma mulher de 44 anos.
Na manhã de quarta-feira (5/1), um agente de polícia da DOE estava no local de trabalho quando, ao passar pelo alojamento da divisão, viu um vulto no local. Ele voltou para certificar se tinha alguém na unidade. E, ao entrar no alojamento, flagrou uma funcionária da limpeza, terceirizada, vestida com o uniforme operacional da divisão. A mulher estava tirando fotos no espelho.
No momento em que viu o policial, a mulher se assustou e correu para o banheiro. Minutos depois, saiu do local usando o uniforme dela. Indagada sobre os fatos, a faxineira fingiu que nada tinha ocorrido. Momentos depois, a suspeita revelou que enviou as fotos em que ela aparece vestida de policial para uma amiga via WhatsApp.
Ao ter acesso ao aparelho, o policial identificou que, além de se vestir com o uniforme do DOE, a mulher também usou uniforme de um agente de polícia lotado no Departamento de Polícia Circunscricional (DPC). Na imagem, ela aparece com o casaco, camiseta, cinto e distintivo da corporação.
Durante revista, o policial encontrou um pacote lacrado de café e alguns recipientes. A terceirizada confessou que teria pegado os objetos na divisão. Diante do ocorrido, o agente acionou colegas do DOE e conduziu a funcionária até a 8ª DP.
No trajeto, entretanto, a equipe decidiu ir até a casa da mulher. Na residência, localizada em Santa Maria, os investigadores descobriram que ela escondia diversos bens da PCDF. Foram apreendidos coldres, camisas, spray de pimenta, algemas, cintos táticos e até mesmo cinco munições de arma de fogo, calibre 9mm e quatro estojos deflagrados.
Fontes revelaram à coluna que a mulher era funcionária temporária e prestou serviços no Instituto de Criminalística (IC), no Instituto de Identificação (II), onde furtou o distintivo de um papiloscopista, na 14ª Delegacia de Polícia (Gama) e em unidades do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Após as buscas, o distintivo do perito papiloscopista foi localizado e restituído ao dono.
A mulher ganhou liberdade provisória após passar por audiência de custódia realizada na quinta-feira (6/01). A 8ª DP ainda apura se ela fez outras vítimas, o prejuízo e o que fazia com os itens furtados.