15/02/2022 às 06h59min - Atualizada em 15/02/2022 às 06h59min

Padre acusado de assédio sexual contra monges vira réu em Minas Gerais

Crimes teriam sido cometidos entre 2011 e 2018. Pelos menos oito vítimas — todos homens entre 20 e 40 anos — foram identificadas

Portal UOL

O padre Ernani Maia dos Reis, líder do Mosteiro Santíssima Trindade, localizado na cidade mineira de Monte Sião, foi denunciado pela Justiça de Minas Gerais pelo crime de violência sexual – assédio sexual e moral – contra quatro monges. A decisão é do juiz Roberto Troster Rodrigues Alves, da comarca do município.
 
Com o recebimento da denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi instaurada uma ação penal e Ernani passou de denunciado a réu. Caso seja condenado ao fim do processo, a pena prevista é de 2 a 6 anos de reclusão.
 
De acordo com os relatos coletados pelo Portal Uol, os crimes foram cometidos entre 2011 e 2018. Pelos menos oito vítimas — todas homens entre 20 e 40 anos — foram identificadas.
 
De acordo com as testemunhas, Ernani usava da condição de autoridade para se intitular “pai”, forma como gostava de ser chamado. Para se aproximar das vítimas e ter mais acesso a elas, oferecia “sessões de psicanálise”.
 
Em relato, um dos monges revelou que procurou o padre para conversar sobre conflito entre seguir a vocação sacerdotal ou matrimonial. Em resposta, Ernani teria afirmado que o monge era gay e colocado a mão dele em seu pênis. “Você está precisando disso aqui, de pinto”, teria dito.
 
Os relatos dos crimes sexuais chegaram ao conhecimento da Igreja Católica através de denúncias internas. No entanto, ele só foi afastado das atividades sacerdotais quando pediu para sair do mosteiro, em agosto de 2018, alegando “cansaço” e “crise vocacional”.
 
Atualmente, Ernani tem um consultório de psicanálise. Ele nega que tenha cometido os crimes.


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