Em pronunciamento divulgado logo antes do início das negociações de um cessar-fogo, nesta segunda-feira (28/2), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o país precisa de “adesão imediata à União Europeia”.
“Estamos lutando pela Europa”, disse o presidente ucraniano.
Zelensky ainda divulgou que 16 crianças ucranianas foram mortas e 45 ficaram feridas durante o quatro dias de conflito. Ele voltou a pedir que cidadãos peguem armas para lutar contra a invasão.
“Quando eu planejei me tornar presidente, eu disse que cada um de nós seria presidente, porque nós somos todos responsáveis pelo nosso belo Estado. Pela nossa bela Ucrânia. E, agora, cada um de nós é um guerreiro. E eu estou confiante de que cada um de nós vai ganhar”, afirmou.
Zelensky ainda anunciou que, sob a lei marcial, o país permitirá que prisioneiros com experiência de combate sejam soltos e anistiados.
Rússia avança
Nesse domingo (27/2), as tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. Além disso, mísseis balísticos atingem refinaria e gasoduto em território ucraniano.
O governo russo afirmou que uma delegação teria sido enviada a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia. Os ucranianos, entretanto, alegaram que as ofertas foram declinadas “categoricamente”. Depois disso, Zelensky divulgou a mensagem no Twitter.
Diante do aceno, o governo ucraniano entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia
“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão”, escreveu o presidente ucraniano.
Zelensky também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, assinalou.