01/03/2022 às 08h44min - Atualizada em 01/03/2022 às 08h44min

Shell, Equinor e BP decidem deixar a Rússia após invasão da Ucrânia

Abandono em massa das gigantes do petróleo evidencia discordânia de empresas sobre decisão russa de invadir a Ucrânia

Após a petrolífera britânica British Petroleum (BP) anunciar que abandonaria seus 20% na estatal russa de petróleo Rosneft, agora foi a vez das gigantes Equinor e Shell seguirem o mesmo caminho.
 
Em meio aos ataque à Ucrânia, a Equinor, com sede na Noruega, declarou nesta segunda-feira (28/2) que vai suspender novos investimentos na Rússia e dar início ao processo de retirada das joint-ventures que mantém com companhias de energia russas.
 
O presidente-executivo do Conselho de Administração da Equinor, Anders Opedal, disse que “na atual situação, vemos nossa posição como insustentável”.
 
Ainda nesta segunda, a anglo-holandesa Shell também manifestou seu rompimento com estatais russas e a saída de negócios que têm no país. Reino Unido e Noruega fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
 
A atitude das petrolíferas mostra que o cerco das potências ocidentais frente a Moscou está se intensificando e vai além das sanções financeiras.
 
Empresas que deixaram a Rússia
Atuando na Rússia há mais de 30 anos, a Equinor possui aproximadamente 70 funcionários na Rússia e produz cerca de 25 mil barris de óleo por dia.
 
No final de 2021, o capital da empresa norueguesa era avaliado em US$ 1,2 bilhão. A Noruega investe recursos públicos em diversas empresas de países por meio de seu fundo soberano, um dos maiores do planeta.
 
A Shell, por sua vez, possui uma participação de 50% na Salym Petroleum Development, que faz desenvolvimento de campos na Sibéria Ocidental, 50% na Gydan, que explora e desenvolve blocos na península de Gydan e 27,5% na fábrica de gás natural liquefeito Sakhalin-II.
 
Além deixar essas empresas, a Shell anunciou que vai encerrar seu envolvimento no gasoduto Nord Stream 2, que levaria gás natural da Rússia para a Alemanha.
 
Em nota, o presidente-executivo da empresa, Ben van Beurden, disse: “Estamos chocados com os acontecimentos na Ucrânia, resultado de um ato de agressão militar sem sentido que ameaça a segurança da Europa”.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »