29/04/2022 às 09h29min - Atualizada em 29/04/2022 às 09h29min

Políticas de reciclagem do GDF são apresentadas em seminário nacional

Secretaria de Meio Ambiente destacou, entre ações do governo, inauguração do Complexo Integrado de Reciclagem, que teve investimento de R$ 30 milhões e no qual trabalham catadores de 11 cooperativas

As políticas públicas voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos implementadas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) foram apresentadas pelo titular da pasta, Sarney Filho, na abertura do seminário nacional O Poder da Reciclagem para o Brasil. Realizado pelo Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), o evento ocorreu durante esta quinta-feira (28) no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21.
 
“Com foco na geração de emprego e renda, para maior justiça e dignidade social, e na sustentabilidade ambiental para o desenvolvimento econômico, Brasília se posiciona como vitrine tecnológica e de sensibilização no cuidado das políticas públicas voltadas à gestão dos resíduos sólidos urbanos”, afirmou o secretário.
 
Sarney Filho destacou a inauguração pelo governo, em dezembro de 2020, do Complexo Integrado de Reciclagem, que ocupa área de 80 mil m2, no Pátio Ferroviário. A obra é fruto de um contrato de colaboração celebrado entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o BNDES, com investimento total de R$ 30 milhões, incluindo equipamentos e assessoria técnica.
 
A capacidade do espaço é de 750 postos de trabalho para trabalhadores de materiais recicláveis, em suas centrais de triagem e de comercialização, inclusive em rede, promovendo o ganho em escala e o acesso direto à indústria da reciclagem.
 
A gestão é compartilhada entre Sema, SLU e Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop) e, atualmente, 11 cooperativas, com 495 catadores, trabalham em horários intercalados no local. Ele explicou que o espaço receberá novos equipamentos e também um galpão para implantação de unidades de beneficiamento de resíduos plásticos e vítreos.
 
O complexo gera benefícios sociais, técnicos, ambientais e econômicos, tais como, redução da pressão sobre o aterro sanitário e da extração de matérias-primas virgens. E ainda promove inclusão social e produtiva dos catadores, arrecadação tributária e ampliação da coleta seletiva, aumentando os índices de reciclagem.
 
Coleta seletiva inclusiva
Comemorando os avanços no alcance da coleta seletiva inclusiva, o secretário informou que o SLU lançou edital de chamamento público visando atender 23 regiões administrativas do Distrito Federal. “O investimento, que supera R$ 17 milhões, prioriza a contratação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, que possuem índice de aproveitamento de 87% do material coletado”, disse.
 
O secretário também citou campanhas publicitárias para estimular a participação da população na separação dos resíduos para a coleta seletiva e, no âmbito da administração pública do DF, a lei distrital que dispõe sobre a separação e a destinação final dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração direta e indireta.
 
Construção civil
Sarney Filho afirmou que atenção especial é dada aos resíduos da construção civil, por meio do Comitê Gestor de Resíduos de Construção Civil (Corc), coordenado pela Sema. “Estamos elaborando decreto para regulamentar disposições legais relativas à apresentação e à análise do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC). Com ele, todas as obras públicas e privadas no DF passarão a ter a obrigação de apresentar o plano de gerenciamento dos resíduos nelas gerados”, completou.
 
Orgânicos
Outra frente que merece um cuidado diferenciado, de acordo com ele, é a dos resíduos orgânicos. “Instituímos um Grupo de Trabalho de Compostagem, composto por vários órgãos do governo, para regulamentar a lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de tratamento dos resíduos orgânicos no DF”.
 
Quanto à logística reversa, o secretário explicou que o dispositivo tem avançando em discussões e celebração de acordos, em diferentes estágios de negociação e implantação. “Principalmente nos setores de pneus, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, embalagens em geral, óleos lubrificantes usados e contaminados, e embalagens de óleos lubrificantes”, disse.
*Com informações da Secretaria de Meio Ambiente do DF


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