Um homem de 41 anos, que é investigador da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul desde 2014, foi preso por suspeita de estuprar e ameaçar uma mulher de 28 anos que estava detida no mesmo prédio onde funciona a delegacia da cidade de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Corregedoria da Polícia Civil, a vítima, que é paraibana, disse que , em abril, em duas ocasiões, foi retirada da cela e levada para a sala lilás, lugar reservado para prestar atendimento de vítimas de violência. No local ela alega ter sido estuprada pelo investigador.
O corregedor-geral da Polícia Civil do estado, Márcio Rogério Faria Custódio, informou que o policial civil nega as acusações e que não poderia dar mais detalhes, pois a apuração tramita em segredo de Justiça.
Márcio Sandim, que faz a defesa do investigador, informou que não poderia falar sobre o caso pelo mesmo motivo.
Na última terça-feira (3), a Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou uma denúncia apresentada contra o agressor pelo Ministério Público do estado. O servidor será julgado pelos crimes de estupro, importunação sexual e violência psicológica contra a mulher. A acusação foi acolhida por uma juíza de Sidrolândia.
A mulher foi solta por ordem da Justiça e responderá em liberdade em sua cidade natal, na Paraíba.
Para tomar a decisão de soltura, o juiz entendeu que a prisão preventiva da mulher suspeita de tráfico cumpria os requisitos legais, mas que o estupro tornava sua permanência ali ilegal, "já que (ela) figura agora na condição de vítima" e precisava ter resguardadas suas integridades física e psicológica, segundo a decisão.