18/06/2022 às 06h10min - Atualizada em 18/06/2022 às 06h10min

Exame da PF confirma que parte de restos mortais é de Dom Phillips

Confirmação foi feita com base no exame de odontologia legal combinado com antropologia forense, informou a Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) informou, na tarde desta sexta-feira (17/6), que um dos corpos achados no Vale do Javari (AM) na quarta-feira (15/5) é do jornalista inglês Dom Phillips.
 
O local foi apontado por Amarildo da Costa Oliveira, vulgo “Pelado”, um dos suspeitos de terem cometido o crime.
 
“A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense. Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos”, informou a corporação.

Os restos mortais atribuídos ao jornalista britânico Dom Phillips e ao indigenista Bruno Araújo Pereira chegaram a Brasília precisamente às 18h34 dessa quinta-feira (16/6). Ambos foram executados no Vale do Javari (AM) e estavam desaparecidos desde 5 de junho.
 
Os corpos desembarcaram no hangar da Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Os agentes da Polícia Federal carregaram os caixões para fora da aeronave.
Investigações
A PF informou mais cedo que as investigações sobre a morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira prosseguem, e há indicativos da participação de mais pessoas nos assassinatos.
 
Entretanto, a corporação afirma que “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.
 
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contestou a versão anunciada pela Polícia Federal de que não há mandante. “O requinte de crueldade utilizado na prática do crime evidenciam que Pereira e Phillips estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou à todo custo ocultar seus rastros durante a investigação”, frisou nesta sexta-feira (17/6), em nota, a Univaja.
Para a entidade, o posicionamento da Polícia Federal “desconsidera as informações qualificadas” oferecidas pela associação.
 
Desde o segundo semestre de 2021, de acordo com a Univaja, ofícios apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes na reserva do Vale do Javari.
 
A Univaja afirma que os dois principais suspeitos de envolvimento no assassinato, os irmãos Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, e Oseney da Costa de Oliveira, ou Dos Santos, fazem parte desse grupo criminoso.


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