A Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante do homem acusado de estuprar uma motorista de aplicativo na noite de sexta-feira (24/6). A decisão judicial foi tomada em audiência de custódia nesse domingo (26/6).
Nesta segunda-feira (27/6), grupos de profissionais da categoria fizeram uma manifestação para pedir maior segurança às mulheres motoristas. O protesto ocorreu nesta tarde, entre a Funarte e a Torre de TV.
Entenda o caso
Uma motorista de aplicativo, de 41 anos, denunciou ter sido estuprada por um passageiro na noite de sexta-feira (24/6). Segundo a mulher, o ato ocorreu após o suspeito embarcar no veículo dela, no Setor Central do Gama, no Distrito Federal.
Às autoridades a condutora detalhou que, na altura do BRT do Gama, o passageiro anunciou um assalto, pulou para o banco da frente e a mandou seguir em direção à região da Marinha, na DF-001. Ao parar em um setor de chácaras próximo a São Sebastião, no entanto, a ameaçou de morte e a violentou.
Após o estupro, o suspeito teria assumido a direção do veículo e seguido para o Riacho Fundo 2. Ao visualizar um local com aglomeração de pessoas, a mulher realizou a primeira tentativa de saltar do carro, mas foi puxada pelo suspeito.
Na segunda chance, a vítima abriu a porta, pulou do carro e gritou por ajuda. Com a queda, ela feriu mãos, braços e pés.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o suspeito, preso em flagrante, foi encaminhado para a 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) e, no local, negou o abuso. De acordo com o homem, a mulher e ele se encontraram em uma distribuidora de bebidas e combinaram de ir para um motel, em Taguatinga, mas, no meio do caminho, “ela surtou”, segundo o suspeito.
A vítima contou que, além do estupro, o homem roubou R$ 20 que ela tinha na carteira. Ao revistarem o homem os policiais encontraram o dinheiro indicado.
A mulher foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. O suspeito acabou preso em flagrante por roubo qualificado, pela restrição da liberdade da vítima e por estupro.