10/08/2022 às 08h53min - Atualizada em 10/08/2022 às 08h53min

PF e Depen prendem integrantes do PCC que planejavam resgatar Marcola

Mulher de Marcola é um dos alvos de busca e apreensão. Bando pretendia sequestrar autoridades e policiais em troca dos presos

A Polícia Federal, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10/8), a Operação Anjos da Guarda, com o objetivo de desmantelar o plano de resgate de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) presos nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho (RO). Entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano. Cynthia Giglioli da Silva, mulher de Marcola, é um dos alvos de busca e apreensão, em Alphaville (foto em destaque), na capital paulista.
 
De acordo com as investigações, o plano de fuga contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate. Pelo menos quatro defensores ligados do PCC foram presos.
 
O plano de resgate de lideranças do PCC envolvia o sequestro de autoridades do Depen para trocá-las por presos e, ainda, atentar contra instalações do órgão para conseguir a soltura de criminosos detidos nas penitenciárias federais.
 
Além de Marcola, os criminosos planejavam resgatar Edmar Santos, Cláudio Barbará da Silva, Reinaldo Teixeira dos Santos, Valdeci Alves dos Santo e Esdras Augusto do Nascimento Júnior.
 
Barbará é um dos principais líderes do PCC e cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. Recentemente, como mostrou a coluna Na Mira, o criminoso precisou passar por uma cirurgia nos olhos, no Hospital Universitário de Brasília (HUB), na Asa Norte, sob forte aparato de segurança. O criminoso já foi conhecido como “vice-chefe” da facção, e é considerado principal nome da “sintonia final dos estados e países”, como é chamada a cúpula do PCC.
 
De acordo com as investigações, para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato.
 
A operação foi batizada de Anjos da Guarda em referência aos servidores da Segurança Pública que se esforçam e se arriscam para proteger a sociedade de criminosos.


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