01/09/2022 às 05h07min - Atualizada em 01/09/2022 às 05h07min

Cafetina drogava criança de 5 anos e obrigava adolescentes a se prostituir

Além das adolescentes, uma jovem de 23 anos também era forçada a se prostituir. Segundo a PM, uma criança de apenas 5 anos era obrigada a consumir drogas

A PM chegou ao local depois que uma das adolescentes ligou ao 190 fingindo dar detalhes de um roubo a um coletivo - (crédito: PMMG/Divulgação)


Uma mulher foi presa em flagrante por exploração de menor, no Sol Nascente. Além de duas adolescentes de 16 anos, ela também forçava uma jovem de 23 a se prostituir em troca de comida e moradia. As vítimas foram libertadas pela Polícia Militar após denúncia feita por uma das menores, que ligou no 190 e, para despistar a cafetina, informou sobre um roubo a coletivo.
 
Ao ver a ocorrência no sistema, uma equipe do 10º Batalhão de Polícia Militar retornou a ligação para pegar mais detalhes. Quando a jovem atendeu, informou que era mantida à força em um ponto de prostituição e pediu socorro. A mulher de 44 anos, apontada como a cafetina, desconfiou da denúncia, agrediu e expulsou a jovem com o filho de apenas três meses. Os pertences da vítima foram jogados na rua.
 
Uma equipe da PM foi até o endereço e, após o acolhimento à vítima e ao bebê, entraram no imóvel, identificaram a suspeita e a prenderam. Na casa, também foram encontradas uma mulher de 23 anos e outra adolescente de 16, ambas nas mesma condição de prostituição forçada em troca de moradia e alimento.
 
Em relato, a adolescente que fez a denúncia disse à PMDF que foi abordada pela cafetina em uma praça. Ela havia saído de casa porque sofria violência sexual do padrasto e a mulher lhe ofereceu abrigo e alimentação. No entanto, depois se viu forçada a se prostituir e o dinheiro arrecadado era entregue para a cafetina que o usava, principalmente, para sustentar o vício em entorpecentes. A de menor também informou à polícia que a suspeita também dava entorpecentes para a filha de apenas cinco anos usar.
 
Tanto a suspeita quanto as jovens libertadas foram levadas para a Delegacia de Atendimento à Mulher. Depois de ação conjunta entre a polícia e o Conselho Tutelar, a corporação informou que havia indícios suficientes de exploração sexual de menores e a suspeita foi presa em flagrante na oportunidade. O crime é inafiançável na esfera policial e será analisado na audiência de custódia.


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