04/09/2022 às 04h12min - Atualizada em 04/09/2022 às 04h12min

Ex-ministro Marcos Pontes pede voto em culto e fiel reage: 'Tá errado isso'

Astronauta divulgou seu número de candidatura ao Senado em celebração da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. Iniciativa foi repreendida por participante

(crédito: AFP/Evaristo Sa)

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro e astronauta Marcos Pontes (PL-SP) divulga sua candidatura durante um culto religioso. Em 29 de agosto, Pontes, candidato ao Senado por São Paulo, estava na celebração dos 80 anos da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.
 
O homem que estava no púlpito anunciou a presença de Marcos Pontes no culto. Em seguida, pediu para que todos os candidatos a uma função pública dissessem o nome e o cargo a que pretendem disputar, para que todos pudessem orar por eles.
 
"Boa noite a todos. Antes de mais nada queria agradecer por esse convite, estar aqui com vocês hoje. Nós estamos alinhados na mesma direção, a favor do nosso país. Meu nome é Marcos Pontes, eu sou astronauta, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e Inovações, ex-ministro de Comunicações, e atualmente candidato ao Senado aqui por São Paulo pelo PL, número 222. Obrigado!", disse o candidato.
 
Outro candidato que aparece no vídeo é Sílvio Malheiro (PTB-SP), que concorre para deputado federal e se identificou como coronel viador da Reserva da Força Aérea Brasileira.
 
Pouco depois, a turma do microfone foi interrompida por uma pessoa não identificada, que protestou contra a propaganda política: "Tá errado fazer isso aqui. Essa é a casa do Senhor. Aqui não é lugar de política. Vocês estão todos errados. Eu vim aqui emprestar a minha voz para o culto, eu não vim aqui para fazer isso.".
 
A legislação eleitoral (Lei 9.504/97) proíbe propaganda de candidatos dentro de igrejas e templos religiosos no Brasil. Esses espaços são classificados como bens de uso comum, assim como cinemas, ginásios e estádios. Por isso, quem pede voto durante atos religiosos – de qualquer religião – pode ser punido com multas de R$ 2 mil a R$ 8 mil.


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