O italiano Cesare Battisti, condenado por quatro homicídios, conseguiu progressão de regime penitenciário no fim de setembro. Dessa forma, ele passa a ser considerado um detento comum na Itália. Battisti também foi transferido da prisão de alta segurança, em Ferrara, para uma unidade de regime comum, em Parma.
Battisti fazia parte do grupo armado de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), autor de quatro homicídios na década de 1970. Com 67 anos, o italiano passou quase 40 como foragido da Itália.
O Departamento de Administração Penitenciária italiano atendeu um pedido da defesa de Battisti. Entre os argumentos apresentados estava o de que o PAC não existe mais, e o detento não mantém contato com terroristas da luta armada. A periculosidade dele também foi classificada como mais baixa.
Depois de ter escapado da prisão, em 1981, passou por países como França e México. Acabou preso no Brasil, em 2007, e ganhou refúgio político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2018, foi considerado foragido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto para extradição. Battisti foi preso na Bolívia, em 2019, e extraditado de volta para a Itália.