A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu em flagrante, nessa quarta-feira (16/11), uma mulher de 43 anos acusada de injúria racial e desacato. A prisão ocorreu após a vítima, um homem de 40 anos, procurar a 38ª DP (Vicente Pires) e denunciar o crime.
À polícia, o homem contou ter uma loja de marcenaria ao lado do prédio em que a mulher mora e que também atua como síndica. Por engano, uma correspondência que o comerciante aguardava acabou sendo entregue no edifício e, então, ele foi atrás de resolver o problema.
A vítima conta ter entrado em contato com a síndica do bloco e que a mulher teria dito que procuraria pela carta contendo o nome dele e avisaria. Momentos depois, a filha dela chamou o dono da marcenaria para que ele fosse buscar o envelope no prédio.
Conforme relatado à polícia, o denunciante foi até a portaria e a síndica pediu para que ele aguardasse. A vítima, porém, viu algumas cartas em cima do balcão e decidiu verificá-las. Nesse momento, a suspeita teria se aproximado e empurrado o comerciante, dizendo para ele “tirar suas mãos de merda” das correspondências.
No entanto, o homem também estaria trabalhando em um apartamento daquele prédio e, por isso, tinha um cartão de acesso à portaria. Ele voltou à marcenaria, pegou o cartão e retornou ao bloco residencial. Quando entrava no edifício foi empurrado novamente pela mulher, que cancelou seu cartão de acesso.
Segundo a polícia, a vítima voltou para a loja sendo seguida pela autora. Nesse momento, a mulher teria repetido uma série de injúrias raciais, como “negro miserável” e “negro de merda”.
Policiais foram xingados
Após a denúncia, policiais foram ao prédio em que a autora mora e informaram que ela seria levada à 38ª DP. A mulher, porém, se negou a ir para a delegacia e xingou os investigadores de “filhos da puta” e de “merdas”.
Na delegacia, ela foi autuada em flagrante pelos crimes de injúria racial e desacato. Somadas, as penas alcançam cinco anos de prisão.
Já nesta quinta-feira (17/11), a síndica passou por audiência de custódia, em que a Justiça concedeu liberdade provisória, mediante o pagamento de R$ 1.500 de fiança. A mulher pagou e foi posta em liberdade, mas segue impedida de se aproximar e de contatar a vítima por qualquer meio de comunicação.