Pelo menos 799 municípios do país estão em alerta para chuvas intensas, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O aviso, publicado nesta quinta-feira (22), é válido até às 23h59 desta sexta-feira (23/12).
Estão previstas chuvas com volume entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos de 60 km/h a 100 km/h. Por causa disso, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Entre as áreas afetadas, estão: Nordeste e Sudeste Paraense; Norte Goiano; Noroeste de Minas; Sul do Amapá e outras regiões listadas abaixo.
Áreas que podem ser afetadas
• Nordeste Paraense;
• Sudeste Paraense;
• Ocidental do Tocantins;
• Oeste Maranhense;
• Marajó;
• Leste Goiano;
• Vale do Mucuri;
• Norte de Minas;
• Sul Baiano;
• Baixo Amazonas;
• Oriental do Tocantins;
• Jequitinhonha;
• Sudoeste Paraense;
• Nordeste Mato-grossense;
• Norte Goiano;
• Sul Maranhense;
• Sudoeste Piauiense;
• Norte do Amapá;
• Centro Sul Baiano;
• Metropolitana de Belém;
• Extremo Oeste Baiano;
• Norte Maranhense;
• Centro Maranhense;
• Noroeste de Minas;
• Vale São-Franciscano da Bahia;
• Centro Amazonense;
• Centro Goiano;
• Noroeste Espírito-santense;
• Leste Maranhense;
• Litoral Norte Espírito-santense;
• Noroeste Goiano;
• Sul do Amapá;
• Norte Mato-grossense;
• Centro Norte Baiano.
No site do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos para o Sul da América do Sul (Alert-AS), você pode conferir a lista completa de cidades mencionadas no alerta do Inmet.
Atuação da ZCAS
As chuvas intensas causadas nos últimos dias são provocadas pela chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que voltou a atuar no país com mais força nesta semana.
Esse fenômeno é descrito pelo Inmet como um corredor de umidade de baixa pressão que se estende do Nordeste ao Atlântico Sul. Assim, esse evento se caracteriza por formar nuvens carregadas que se tornam praticamente estacionárias e provocam grandes acumulados na mesma área.
A partir de hoje, a ZCAS irá se deslocar causando grandes volumes principalmente entre o Tocantins, Pará, norte de Goiás, sul da Bahia, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Também estamos diante do episódio triplo do La Niña. Esse fenômeno, assim como o El Niño são as duas fases opostas do mesmo padrão climático: o El Niño-Oscilação Sul conhecido como ENSO ou ENOS. O ENOS é um fenômeno natural de anomalia da temperatura da superfície do Oceano Pacífico equatorial, que traz importantes consequências para o clima ao redor do planeta.
El Niño é a fase quente, e costuma aparecer primeiro. Ele corre quando as condições de pressão do ar mudam, enfraquecendo os ventos alísios no hemisfério sul do Pacífico. Já o La Niña é o resfriamento das águas do oceano e pode gerar, no Brasil, volumes excessivos de chuva em algumas regiões e seca em outras.
Recomendações do Inmet
Segundo o Inmet, em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda de galhos e de descargas elétricas. Não estacione veículos nos arredores ou próximo a torres de transmissão e placas de propaganda e, dentro de casa, retire aparelhos elétricos da tomada e desligue o quadro geral de energia.
Em caso de dúvidas, entre em contato com a Defesa Civil (telefone 199) e com o Corpo de Bombeiros (telefone 193).