29/12/2022 às 06h05min - Atualizada em 29/12/2022 às 06h05min

Exército confirma desmobilização do acampamento no QG: “Espontânea”

Manifestantes têm deixado acampamento, de forma espontânea, após quase dois meses de movimento contra a posse de Lula (PT)

O Exército confirmou que o acampamento montado em frente ao Quartel-General em Brasília está sendo desmobilizado, após quase dois meses de movimento que questiona a eleição de Lula (PT) como presidente da República.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército informou à coluna, nesta quarta-feira (28/12), “muitos manifestantes têm deixado o local de forma espontânea”.

Os militares do Comando Militar do Planalto auxiliam na desmontagem das estruturas que foram abandonadas na área do Setor Militar Urbano, segundo o Exército, para melhorar “a circulação e segurança do local”.

“Por fim, ressalta-se que todas as ações têm sido conduzidas em estreita coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), com os quais se mantém permanente integração”, disse.

O Exército se comprometeu com o GDF a desmontar o acampamento até o dia 1º, quando Lula (PL) tomará posse. A transição do governo federal quer a desmobilização dos manifestantes nos próximos dias por questão de segurança. O chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, foi elencado como interlocutor do GDF com a transição.

Movimento
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram a se reunir em frente a unidades do Exército no dia 30 de outubro, em Brasília e outras capitais, logo após o resultado do segundo turno das eleições que apontou Lula como vitorioso na disputa pela Presidência da República.

Os bolsonaristas, autointitulados “patriotas”, pedem “socorro” às Forças Armadas para impedir a posse do petista e garantir que Bolsonaro permaneça na Presidência. Porém, eles não receberam nenhum apoio dos militares e o movimento foi perdendo força.

A notícia de que Bolsonaro viajará para os EUA esta semana e deverá ficar fora do Brasil por meses desanimou uma parte do grupo. Outra parte dos “patriotas” acredita que Bolsonaro não viajará ou que a viagem é parte de uma “estratégia” política.


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