O gás de cozinha, reajustado pela Petrobras em 6,7%, amanhece a quinta-feira custando em média 1 real e 25 centavos mais caro para os consumidores. Os aumentos agora serão mensais, dentro da nova política de preços da estatal.
O preço nas refinarias será calculado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações da venda do dólar, acrescida de uma margem fixa de 5%.
De acordo com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, a empresa está completando o ciclo de definição de políticas para os produtos da companhia, garantindo a previsibilidade de preço.
O Sindigás calcula ainda que o preço do gás suba de 5% a 9% nos polos de suprimento. “Estamos de olhos abertos em investimentos na área de infraestrutura” para importar o derivado de petróleo sempre que os preços praticados pela Petrobras superarem as cotações internacionais, segundo o presidente da entidade, Sergio Bandeira de Mello.
Ele argumenta que, até então, sem uma política de preço definida, não era possível investir em infraestrutura logística que possibilitasse trazer o GLP do exterior.
Pelas contas do Sindigás, a Petrobras vende o gás de cozinha, para fins residenciais, a preços 15% inferiores aos de importação. Já os preços cobrados da indústria e do comércio estão cerca de 50% acima da paridade internacional, o que abre espaço para importação.