Em Santa Maria, escolas velhas e sem manutenção são coisa do passado. Todas as 29 unidades escolares passaram por reforma nos últimos quatro anos. Benefícios para os cerca de 26 mil alunos da região administrativa (RA), professores e toda a comunidade. De acordo com a Coordenação Regional de Ensino (CRE) da cidade, as obras receberam um investimento de aproximadamente R$ 4,6 milhões nos últimos dois anos.
Os recursos para as mais diversas intervenções são originários de emendas parlamentares e do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) da Secretaria de Educação (SEE). Outra parte, não menos importante, vem do governo federal, via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Cobertura de quadras poliesportivas, construção de estacionamentos, reformas em salas de aula e de recursos para alunos especiais, além da recuperação dos parquinhos e áreas de convivência são os serviços mais comuns nos colégios de Santa Maria atualmente.
A maioria das estruturas é bastante antiga; algumas datam do início dos anos 90. Naturalmente, precisam ainda de reparos também nas partes elétrica e hidráulica. “Temos o Caic [Centro de Atenção Integral à Criança] Albert Sabin, por exemplo, que completa 30 anos em 2023. Um colégio que recebe mais de mil alunos todos os dias, e seu projeto de construção era viável para a época em que foi criado”, frisa o coordenador de ensino local, Claudiney Cabral.
Quatro escolas receberam cobertura metálica em suas quadras de esportes, além da recuperação do piso e pintura dos campos. Entre elas, o Centro de Ensino (CEF) Santos Dumont e o Centro de Ensino Fundamental 403. Outras unidades, como o CEF 418, tiveram laboratórios transformados em salas de aula com o objetivo de receber um número maior de estudantes.
O Caic mencionado por Claudiney é um exemplo de remodelagem. Um novo estacionamento com 80 vagas, a reforma total do parquinho – que agora está protegido da chuva e com grama sintética – e de três banheiros, a troca de toda parte elétrica e uma nova sala de recursos estão na lista de melhorias mais recentes. Um investimento de cerca de R$ 580 mil, de acordo com a direção da unidade.
“Costumo dizer que, de uns quatro anos para cá, a escola se transformou. Foram dezenas de mudanças tanto na parte física quanto na pedagógica”, afirma a vice-diretora Elenita Firmino. “Muitos pais achavam o Caic muito velho e não queriam que o filho viesse pra cá. Hoje muitos se orgulham da escola, falam com alegria dela”. A unidade atende alunos desde a educação infantil até o quinto ano.
Bem próximo dali, a Escola Classe 206 (EC 206) também reserva surpresas aos 550 alunos que voltarão das férias em fevereiro. O espaço ganhou um parquinho de madeira com piso emborrachado, além de estacionamento. E a antiga quadra de esportes agora será coberta. O serviço está na fase final. “A quadra poliesportiva é nosso ‘centro de convenções’. Aqui fazemos todos os eventos, os jogos, as aulas de educação física, e tenho certeza que a comunidade vai adorar. A escola evoluiu muito”, aponta o chefe da secretaria da escola, Marcelo Rodrigues.
As obras, em sua maioria, são na parte estrutural e refletem diretamente no processo pedagógico, segundo Claudiney. “O aluno, quando encontra uma escola mais arrumada, dá mais valor à própria instituição. Isso se reflete nos estudos, na motivação dele e do professor. Enfim, traz um retorno positivo para toda a comunidade escolar”, conclui.