O Hospital de Santa Maria está sem o serviço de lavanderia. Com isso, os trajes de uso dos pacientes e da equipe de saúde e os lençóis dos leitos estão sendo lavados em outras unidades da rede. Muitas vezes, os familiares dos pacientes são obrigados a lavar as roupas sujas em casa, o que aumenta muito o risco de infecção hospitalar.
Na manhã desta sexta-feira (09), o deputado distrital Chico Vigilante (PT) foi conferir de perto a denúncia feita pelo Conselho de Saúde da cidade. De acordo com o conselho, a empresa NJ Lavanderia abandou o serviço no último dia 31 de maio porque estava com o contrato vencido desde 2015. Além disso, ela retirou todos os funcionários que atendiam no hospital.
Com o problema, as roupas estão sendo lavadas nos hospitais de Ceilândia e de Brazlândia. Os funcionários e a própria comunidade estão fazendo mutirão para dobrar e entregar as vestes aos pacientes.
“A situação é gravíssima. O pior de tudo é que este problema não vem de agora. Há muito tempo recebemos relatos de familiares de pacientes que levam roupas do hospital para levar em casa. Isso aumenta muito o risco de infecção”, pondera o parlamentar.
A dona de casa Luzanira Pedrosa Lins, 65 anos, relata que a mãe dela ficou internada no hospital entre os meses de abril e maio no hospital. “Minha mãe tinha 94 anos e morreu no hospital. Ela ficou internada mais de um mês, e mesmo com a empresa não tinha roupa nem de cama. Eu tinha que lavar em casa, correndo o risco de levar bactérias para o hospital. ”, relatou.
Para tentar encontrar uma solução para o problema, Chico Vigilante ligou imediatamente para o governador Rodrigo Rollemberg para alertar sobre a situação do hospital. “O governador prometeu que iria tomar providências imediatas para solucionar o problema. Enquanto representante do povo, irei acompanhar de perto até uma nova empresa seja contratada”, destacou Vigilante.
Mais problemas na saúde
Além do hospital, o parlamentar visitou uma unidade da equipe da Saúde da Família e as duas bases do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade, que também enfrentam dificuldades.
A instalação da equipe da Saúde da Família, que funciona no Espaço Cora Coralina, no lado norte da cidade, não tem condições mínimas para atender a comunidade. As divisórias foram doadas e não oferecem nenhuma privacidade para os pacientes e para a equipe médica.
Segundo uma moradora, que não quis se identificar, quando há a necessidade de fazer curativo ou de tomar alguma medicação, os pacientes têm que se deslocar para um centro de saúde.
Já nas unidades do Samu, os servidores sofrem com a falta de segurança. Como não tem vigilantes, uma das bases do serviço, localizado no condomínio Santos Dumont, teve que fechar as portas porque foi assaltada duas vezes em uma mesma semana. Além do serviço de vigilância privada, os servidores também pedem que a unidade seja cercada com um alambrado.