04/04/2023 às 08h02min - Atualizada em 04/04/2023 às 08h02min

'Bibi Perigosa', apontada como articuladora dos ataques no RN, é presa no Rio

A onda de ataques começou no dia 14 de março e impactou a população potiguar até o dia 25. Mulher, uma das chefes da facção que controla o tráfico do RN, vivia escondida no Rio de Janeiro desde 2020.

​'Bibi Perigosa', apontada como articuladora dos ataques no RN, é presa no Rio — Foto: Reprodução

Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) capturaram, no fim da tarde deste domingo (2), uma das principais articuladoras dos ataques que aterrorizaram o Rio Grande do Norte no mês passado. Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como Bibi Perigosa, estava saindo de um shopping no bairro de Campo Grande, Zona Oeste da cidade.
 
No último dia 31, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, anunciou uma ajuda de 35 milhões do governo federal além de homens da Força Nacional, que ficarão no estado por tempo indeterminado.
 
A onda de ataques começou no dia 14 de março e impactou a população potiguar até o dia 25. Bibi Perigosa, uma das chefes da facção que controla o tráfico do estado, vivia escondida no Rio de Janeiro desde 2020.
 
A DRE vinha monitorando a traficante havia uma semana. De acordo com as investigações, ela ficava escondida na Vila Kennedy. Hoje, quando deixou a favela de Bangu a caminho de Campo Grande, ela foi interceptada pelos policiais civis em frente a um shopping. Contra ela havia um mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio Grande do Norte.
 
“A Andreza criou um grupo de comunicação entre os criminosos que ela intitulou ‘Companhia dos Artilheiros’, que promoveu verdadeiros atos terroristas no Rio Grande do Norte, que incluíram assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e incêndios de veículos e residências”, destacou o delegado assistente da DRE, Rodrigo Coelho.
 
Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) capturaram, no fim da tarde deste domingo (2), uma das principais articuladoras dos ataques que aterrorizaram o Rio Grande do Norte no mês passado. Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como Bibi Perigosa, estava saindo de um shopping no bairro de Campo Grande, Zona Oeste da cidade.
 
No último dia 31, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, anunciou uma ajuda de 35 milhões do governo federal além de homens da Força Nacional, que ficarão no estado por tempo indeterminado.
 
A onda de ataques começou no dia 14 de março e impactou a população potiguar até o dia 25. Bibi Perigosa, uma das chefes da facção que controla o tráfico do estado, vivia escondida no Rio de Janeiro desde 2020.
 
 
Para a polícia, Andreza negou participação nos ataque e disse que não tem mais ligações com o tráfico.
 
Saiba quem é “Bibi Perigosa”, presa acusada de liderar facção no RN
 
Andreza Cristina, conhecida como "Bibi Perigosa", se escondia no Rio desde 2020 e articulou onda de violência no RN, entre 14 e 25 de março
 
Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como “Bibi Perigosa”, foi presa nesse domingo (2/4) acusada de ser uma das principais comandantes da onda de crimes que aterrorizou o Rio Grande do Norte no mês de março. Bibi acumula uma série de processos na Justiça. Entre eles, dois mandados de prisão em aberto – um por tráfico de drogas e outro por organização criminosa.

Em março, diversas cidades potiguares foram alvos de ataques promovidos por facções criminosas do estado, que realizaram assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e incêndios de veículos e residências.

Segundo as investigações, “Bibi Perigosa” ajudou a articular a onda de violência por meio de um grupo de comunicação chamado “Companhia dos Artilheiros”. Após planejar os ataques, a criminosa se abrigou no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, região dominada pelo Comando Vermelho.

Herança no crime
De acordo com as informações da polícia, “Bibi Perigosa” entrou para a lista de lideranças da facção criminosa denominada Sindicato do Crime (SDC) no lugar do companheiro, Elinaldo César da Silva, conhecido como “Sardinha”, com quem teve filhos.

Sardinha morreu em setembro de 2016. Com isso, Andreza e o irmão dela, José Alexandre Lima Leitão, conhecido como Espiga, “herdaram” os pontos de comercialização de drogas do companheiro dela, na comunidade de Coqueiros.

O Sindicato do Crime se tornou a facção mais forte do estado e controla o sistema prisional potiguar. O grupo tem aliança ideológica com o Comando Vermelho (CV), que nasceu no Rio de Janeiro e também é rival do PCC.
Do PCC ao Sindicato: a história da facção que promove ataques no RN

Andreza estava sendo monitorada pela polícia e, devido às operações policiais realizadas no complexo nos últimos dias, foi para a Vila Kennedy, comunidade dominada pela mesma facção criminosa. Na noite deste domingo (2), ela saiu do interior da comunidade e foi surpreendida pelos agentes no interior de um shopping de Campo Grande.

Segundo a polícia do RJ, “ela é considerada uma das maiores traficantes do Rio Grande do Norte e acumula vários processos na Justiça por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques ocorridos no mês passado”.

Sistema prisional no RN
O motivo da onda de ataques estaria relacionado a reivindicações dos presos no sistema – como acesso à televisão ou direito à visita íntima, interrompidos desde o Massacre de Alcaçuz, em 2017.

Atribuída ao SDC, a suposta ordem para os ataques chegou até a circular no WhatsApp de autoridades de segurança. “A população carcerária do estado do RN vem passando por opressões, humilhação, desrespeito”, diz o texto. “Chegou a hora de darmos a resposta em cima de todo esse sofrimento”.

Apesar de ter o mesmo apelido, Andreza não é a fonte de inspiração da personagem Bibi Perigosa, vivida pela atriz Juliana Paes na novela A Força do Querer. Aquela era outra Bibi Perigosa, Fabiana Escobar, ex-esposa de um traficante que comandou a Rocinha nos anos 2000.


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