O empresário Thiago Brennand, de 43 anos, deve chegar ao Brasil neste sábado (29/4), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para cumprir os pedidos de prisão preventiva expedidos contra ele pela Justiça paulista.
Foragido há sete meses, Brennand foi preso em 17 de abril nos Emirados Árabes Unidos, dois dias depois de a extradição ter sido autorizada pelas autoridades daquele país.
Brennand é alvo de cinco pedidos de prisão, relacionados a crimes como estupro, tortura, ameaça e cárcere privado. Ele viajou para os Emirados Árabes em 4 de setembro, horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
O órgão mandou que ele retornasse ao país e entregasse o passaporte, mas o empresário não cumpriu a determinação, o que resultou na decretação de sua preventiva. Desde então, ele é considerado foragido.
Algemado
Quatro homens da Polícia Federal (PF) e um agente da Interpol foram aos Emirados Árabes para concluir o processo de extradição e prender o empresário. A equipe embarcou na madrugada dessa quinta-feira (27/4), no voo da Emirates que sai diariamente do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, à 1h25.
Um dos policiais é lutador de jiu-jítsu e foi escalado dado o histórico de violência do empresário. Pela mesma razão, também há a expectativa de que Brennand seja trazido ao Brasil algemado pelas mãos e pelos pés.
Os policiais federais chegaram a Dubai na tarde de quinta-feira (27/4) e seguiram de carro até Abu Dhabi, distante cerca de 150 km do aeroporto. Segundo fontes da PF, Brennand está sendo trazido ao Brasil pelos quatro policiais federais – o agente da Interpol deverá ficar nos Emirados por motivos não divulgados.
Foi apurado com fontes da PF que os agentes devem desembarcar com Brennand por volta das 17h deste sábado (29/4), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Em seguida, ele será levado para a Superintedência da PF na capital paulista.
De acordo com os trâmites judiciais brasileiros, assim que chegar ao país Brennand deve passar por exame de corpo de delito em uma unidade do Instituto Médico Legal (IML), em São Paulo. Em seguida, terá uma audiência de custódia e, posteriormente, será transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP).