A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou nesta terça-feira (9) duas convocações do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Os deputados aprovaram requerimentos para que ele preste esclarecimentos sobre:
• uma afirmação que fez sobre a suposta venda de armas por Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) a organizações criminosa;
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• e o impacto que os movimentos de invasões de terras provocam na segurança urbana e rural.
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Com a decisão, o ministro terá de comparecer novamente ao colegiado. A convocação é de presença obrigatória, ao contrário do convite, que é opcional.
As datas para o comparecimento do ministro ainda serão agendadas.
Confusão
Em abril, Dino compareceu à Comissão de Segurança Pública da Câmara, que é dominada por deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na ocasião, a sessão do colegiado foi encerrada após uma confusão entre deputados, que precisou da ação de policiais legislativos para ser contida.
Ao longo da audiência, quando o ministro começava a falar, deputados de oposição gritavam palavras contrárias ao governo. Em resposta, deputados da base reagiam. Dino dizia que, diante das interrupções, não conseguia falar.
Em determinado momento, houve uma discussão mais ríspida entre deputados. Foi quando a Polícia Legislativa entrou na sala da comissão para separar a briga. Deputados começaram a alegar que estavam sendo ofendidos pelos colegas e pediam reparação, entre acusações e negativas.
Foi o estopim para o encerramento da sessão. Dino saiu da mesa e foi embora. A oposição começou a gritar "fujão".
Após a confusão, o ministro escreveu que "deputados extremistas adotaram atitudes ameaçadoras".
Senado
A nova convocação foi aprovada no dia em que Dino compareceu ao Senado, para uma audiência pública.
Na Comissão de Segurança Pública do Senado, ele discutiu com um senador, defendeu o PL das Fake News e disse que o governo tomará novas medidas contra a atuação de garimpeiros ilegais em terras indígenas.