Ele encaminhou ao presidente do PSD-DF, Paulo Octávio, sua posição: “A não retirada do FCDF do novo arcabouço fiscal pode comprometer a atual e as novas gestões em Brasília. Comenta-se que pode haver um rombo de R$ 87 bilhões em 10 anos no orçamento de Brasília.
Se confirmado, estarei me irmanando à bancada do DF no Senado, e com o governador Ibaneis, para tentarmos reverter esse possível rombo”. E acrescentou: “Temos que considerar que Brasília é a nossa capital, além de cartão postal, onde quase tudo acontece. Por informações recebidas, os recursos do Fundo custeiam, principalmente, a segurança pública, além de auxiliar, também, as despesas de saúde e educação da nossa capital. Pelo visto querem inviabilizar nossa capital. Pergunto: a quem interessa prejudicar Brasília?”.
Se o Senado confirmar o texto aprovado na Câmara dos Deputados que altera os critérios para correção do Fundo Constitucional, com possível redução dos repasses federais para a segurança, saúde e educação, o presidente Lula vai vetar essa parte do arcabouço fiscal?
No mesmo objetivo, os políticos de Brasília se mobilizaram, independentemente de diferenças políticas e antagonismos, em defesa do Fundo Constitucional, unidos ao setor produtivo e sindicatos. Mesmo sem conseguir uma vitória na votação na Câmara, a classe política do DF demonstrou maturidade e trabalhou pelo futuro da capital.
Em seu argumento, o Deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do arcabouço fiscal na Câmara, que incluiu no projeto a mudança na correção do Fundo Constitucional do DF, diz que “Essa narrativa de que perde ou que vem a perder é surreal, não é verdadeira. Se a receita da União cair, o Fundo vai cair, mas só estão olhando para esse lado. (…) Pode cair no futuro, mas, a partir de agora, você tem um fundo estabilizado, com crescimento acima da inflação, com previsibilidade para manter todos os gastos com segurança, educação, e saúde”
Demonstrando toda a sua indignação, o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União), alfineta o relator.
“Quanta desfaçatez! Eu venho aqui me perguntar se esse deputado desde 1995 frequentando o Distrito Federal se não foi bem recebido pela nossa população, se ele não teve segurança, se ele não acha justo a nossa população que o atende tão bem ter acesso à saúde, à educação”.