A organização não governamental (ONG) Fundação pelos Direitos Humanos em Cuba fez uma denúncia na última semana. De acordo com a entidade, a ditadura cubana passou a vender jovens militares para atuar pela Rússia na guerra contra a Ucrânia.
A denúncia do envio de pessoas para o conflito no Leste Europeu partiu do diretor da ONG, Hugo Acha. Ele falou sobre o assunto em vídeo divulgado no Twitter na última terça-feira, 6. Pela rede social, a entidade definiu Cuba como “aliada transatlântica” de Moscou.
“Com novas evidências apresentadas, fica claro que existe pessoal militar cubano operando dentro dos territórios ocupados na Ucrânia”, disse Acha. “Dezenas de milhares de jovens cubanos mortos, feridos, mutilados e desaparecidos são somente uma fonte de lucro para o regime”, prosseguiu o diretor da Fundação pelos Direitos Humanos em Cuba.
Na semana anterior, Acha também tinha falado sobre a participação da ditadura cubana em favor da Rússia na guerra. Pelas redes sociais, ele garantiu o que voltou a reforçar dias depois: há militares de Cuba atuando em parceria com as tropas comandadas pelo presidente russo, Vladimir Putin. Ele também citou apoio ao grupo paramilitar Wagner, que atua na região do Donbas — e que ajudou a região a autoproclamar de forma unilateral a independência da Ucrânia.
Ditadura cubana, Rússia e guerra
Oficialmente, a ditadura cubana declarou ser contra a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte. O território ucraniano foi invadido por tropas russas em fevereiro de 2022