20/06/2023 às 07h42min - Atualizada em 20/06/2023 às 07h42min

Soldados da Ucrânia passam a noite em claro para abater caças russos

Tropa ucraniana segue ativa para proteger a capital, Kiev, dos ataques de Moscou

​Foto: Reprodução/Twitter/Ministério da Defesa da Ucrânia


Dois soldados da Ucrânia contaram recentemente como trabalham durante a noite para, se for preciso, interceptar caças russos. O país do Leste Europeu está em conflito com a Rússia desde fevereiro de 2022, quando parte de seu território foi invadida.

Em contato com a emissora alemã Deutsche Welle (DW), os soldados ucranianos Oleksander e Ivan, que não tiveram seus sobrenomes publicados, explicaram que parte da atividades deles se dá durante a noite e a madrugada. Eles ficam, sobretudo, nas proximidades de uma barragem da região de Kiev.

“É uma ameaça de vida estar perto da água ao ar livre, porque, de vez em quando, interceptamos mísseis russos e drones iranianos que voam por aqui”, disse Oleksander à DW. Para isso, ele comanda treinamentos mesmo diante de civis ucranianos.

De acordo com a emissora alemã, a dupla militar opera o sistema antiaéreo chamado de Dual Mont Stinger (DMS). O equipamento, que é portátil, é capaz de abater, mísseis, aviões e helicópteros que estejam a 5 quilômetros de distância.

“Posso disparar dois mísseis em cinco segundos”, afirma Oleksander. “Assim que vejo o alvo, recebo o sinal de disparar”, prossegue o soldado ucraniano. Ele, no entanto, admite: o DMS não é capaz de interceptar o Kinzhal, míssel supersônico da Rússia.

Com os recentes ataques às proximidades de Kiev sendo nas madrugadas, Oleksander e Ivan se viram obrigados a mudar de rotina. Para isso, noites passaram em claro. “Aprendemos a não dormir à noite”, disse Ivan. “Estou acostumado a ficar oito horas acordado à noite”, complementa Oleksander.

As batalhas da Ucrânia contra caças russos
O trabalho dos dois soldados da Ucrânia contra caças russos se dá graças aos aliados de Kiev na guerra. O DMS, por exemplo, foi doação da Lituânia, que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Oleksander foi o primeiro a ter contato com o equipamento, uma vez que já fazia parte das Forças Armadas ucranianas. Ivan, por sua vez, recebeu treinamento militar já com o conflito em curso e não se arrepende de participar ativamente da guerra: “Estou defendendo o meu país e a minha família”.


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