Um dos textos, com três páginas, encontrado pelo FBI, defendia o assassinato de Trump como uma maneira de iniciar uma revolução política no país e "salvar a raça branca"
Autoridades federais dos EUA revelaram neste fim de semana que Nikita Casap, de 17 anos, supostamente matou a própria mãe e o padrasto como parte de um plano para assassinar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Casap enfrenta nove acusações criminais, conforme o processo do Condado de Waukesha.
De acordo com depoimento federal obtido pela afiliada da CNN, WISN, o adolescente teria manifestado, por meio de mensagens de texto e documentos escritos, o desejo de assassinar Trump , bem como promover a queda do governo americano. Um dos textos, com três páginas, encontrado pelo FBI, defendia o assassinato de Trump como uma maneira de iniciar uma revolução política no país e "salvar a raça branca".
O processo também aponta que Casap contou a um colega que mantinha contato com uma pessoa na Rússia e que, juntos, planejavam derrubar o governo norte-americano e executar o chefe do Executivo dos EUA. A previsão é que o adolescente compareça ao tribunal em 7 de maio.
As vítimas, identificadas como Tatiana Casap (mãe) e Donald Mayer (padrasto), foram encontradas mortas dentro da residência da família, com ferimentos de arma de fogo. As investigações apontam que os assassinatos ocorreram em 11 de fevereiro. Para os investigadores, o crime teria sido motivado por uma tentativa de Casap de garantir “meios financeiros e autonomia”.
O adolescente foi inicialmente detido pela polícia de WaKeeney, no estado do Kansas, sob a acusação de roubo do SUV do padrasto e posse ilegal de arma de fogo.Durante as investigações, o Gabinete do Xerife do Condado de Waukesha obteve um mandado de busca que permitiu o acesso ao celular de Casap.
No aparelho, foram encontrados materiais relacionados à “Ordem dos Nove Ângulos” — uma organização extremista com ideologia neo-nazista e motivações raciais, segundo os autos do processo. Também foram localizadas imagens dos cartões de crédito e débito de Mayer, bem como credenciais bancárias, indicando uma possível tentativa de acesso às finanças do padrasto após o crime.