A Justiça de Goiás determinou que uma idosa, de 76 anos, fosse internada após oito caminhões de lixo serem retirados da casa dela, em Mara Rosa, na região Norte de Goiás. O Ministério Público ainda solicitou à Justiça que a mulher fosse internada para tratamento psiquiátrico. Na residência, havia lixo, inseto e animais peçonhentos.
A decisão do juiz da Vara das Fazendas Públicas da comarca de Mara Rosa, Francisco Gonçalves Saboia Neto, também estabeleceu que a casa da idosa pudesse ser acessada pelo município para limpeza, uma vez que as condições do ambiente colocam em risco a saúde de toda a vizinhança.
Saboia informou que o município de Mara Rosa deve realizar as medidas sanitárias e descarte do lixo do imóvel, sob pena de multa de R$ 500 por dia, caso a decisão não seja cumprida. Segundo o Corpo de Bombeiros, o entulho da casa tinha mau cheiro e tinha mosquito Aedes Aegypti dentro e fora da residência.
Conforme a Secretaria de Assistência Social de Mara Rosa, a idosa está recebendo suporte. O órgão disse que a mulher negava visita da própria filha, com receio de que ela retirasse os itens acumulados no local.
Transtorno
Após análise, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) confirmou que a idosa tem perfil e sintomas de pacientes com transtorno de acumulação compulsiva. O quadro da idosa pode ter se desenvolvido devido a uma depressão não tratada.
Segundo o Creas, o transtorno faz com que a pessoa acumule diversos objetos sem necessidade. Depois que o laudo da idosa foi apresentado às autoridades, o juiz determinou a internação compulsória dela.