01/05/2024 às 09h26min - Atualizada em 01/05/2024 às 09h26min

Dois acusados de matar advogado em Aruanã são condenados a mais de 15 anos

Juiz determinou que as penas sejam cumpridas em regime fechado. Rafael ainda foi condenado a 1 ano e 4 meses pela morte de outra vítima

​Acusados da morte de advogado Hans Brasiel vão a júri popular, em Aruanã (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O aviador Wuandemberg Alvares Farias Silva, conhecido Vandim, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte do advogado Hans Brasiel da Silva Chaves, ocorrida em 2020. Além dele, Rafael Alves da Silva, executor do crime, foi condenado a 16 anos. O julgamento teve início na última quinta-feira (25) em Aruanã.

O juiz determinou que as penas sejam cumpridas em regime fechado. Rafael ainda foi condenado a um ano e quatro meses pela morte de outra vítima.

O julgamento de Adelúcio Lima Melo, apontado como mandante do crime junto com Wuandemberg, foi adiado para junho deste ano após o advogado dele abandonar a defesa. O próprio réu, que também é advogado e estava com carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ativa, solicitou fazer a própria defesa. No entanto, pediu que fosse feita sem o uso de algemas, o que foi negado.

A irmã da vítima, Hailanny Brasiel Chaves, diz que a ação que culminou com o adiamento do julgamento de Adelúcio trata-se de uma manobra. “24hs antes do júri ele impetrou um mandado de segurança solicitando o desmembramento. Como não foi julgado, ele se recusou a participar do júri algemado e abandonou a tribuna”, afirma.

Causa do assassinato seria rivalidade entre advogados
O crime ocorreu em fevereiro de 2020. De acordo com a denúncia realizada pelo promotor de Justiça Augusto Moreno Alves, o advogado Adelúcio atuava na comarca de Aruanã, principalmente na área criminal. No entanto, teria se sentido incomodado com a chegada de Hans ao município, que também atuava em causas criminais.

A denúncia apontou que, em agosto de 2018, Hans firmou um contrato com um ex-cliente de Adelúcio e obteve a soltura dele. A situação gerou uma discussão entre os advogados e uma ameaça de morte feita por Adelúcio no interior do Fórum de Aruanã. Conforme a acusação, Adelúcio agenciou pessoas para matar Hans, mas não teve êxito, naquele momento.

Execução
De acordo com o órgão, no dia da execução Rafael foi levado até uma panificadora onde Hans costumava tomar café da manhã para conhecer o alvo. Em seguida, recebeu uma ligação de Adelúcio confirmando que Hans estava no escritório dele e que o crime deveria ser realizado naquele momento.

Após chegar no escritório, Rafael entrou na sala de Hans com uma arma de fogo e efetuou diversos disparos na direção dele. Um dos disparos atingiu uma cliente do advogado na perna. Em seguida, fugiu do local com a ajuda de um adolescente, mas foi preso em flagrante pela Polícia Militar.

Adelúcio, Wuandemberg e Rafael foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e corrupção de menor de 18 anos. Além disso, Adelúcio e Wuandemberg também responderão pelo crime de coação. Vale destacar que Adelúcio também responderá por falsidade ideológica.


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