O anúncio da desfiliação foi feito neste domingo pela direção estadual da legenda. Na nota, o partido alegou que a decisão foi unânime, pois o prefeito se mostrou misógino (ódio, desprezo e/ou preconceito destinado a mulheres, que pode se manifestar de várias formas) e “demonstrou total desrespeito às mulheres”.
O Solidariedade ainda destacou que não tolera discursos e ações de qualquer tipo de discriminação.
Confira a íntegra da nota do Solidariedade:
“A Direção Estadual do partido Solidariedade Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, expulsar o prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves, por sua fala misógina, demostrando total desrespeito às mulheres. O Solidariedade não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito”.
Esse é o segundo caso em uma semana de expulsão dentro do Solidariedade. Na quinta-feira (14/9), o advogado Hery Kattwinkel Júnior foi expulso do partido, após fazer a defesa do réu Thiago de Assis Mathar, envolvido nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro e que estava sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O partido considera que o advogado protagonizou uma cena “grotesca”, atacando ministros do STF durante o julgamento, e não se limitando ao cumprimento de funções esperadas de um advogado. Além disso, pontuou que o profissional endossou discurso de ódio, contendo fake news.
Entenda o caso
Durante a inauguração de uma estrada na cidade, o prefeito Mário Esteves comentou a abertura de creches no município. Ele avaliou que a cidade tem “criança demais” e sugeriu a castração de meninas.
“O que não falta em Barra do Piraí é criança. Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população, é muito filho, cara. É no máximo dois”, afirmou o prefeito de Barra do Piraí.
O caso repercutiu negativamente nas redes sociais. Em uma publicação no Facebook, usuários afirmaram que a fala de Mário é “criminosa, misógina e machista”.