O General Augusto Heleno reiterou perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 26 de setembro que mantém a opinião de que um indivíduo com histórico criminal não alcança a posição presidencial. Essa declaração foi em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) recordou que durante a campanha eleitoral, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro usaram termos como "bandido" e "ladrão" para se referir a Lula. Em dezembro de 2022, um apoiador de Bolsonaro perguntou ao General se o "bandido" chegaria à presidência, e o militar respondeu negativamente.
A relatora da CPMI questionou o significado dessa afirmação.
Heleno explicou: "Bom, eu, até hoje, continuo achando que bandido não sobe a rampa". Nesse momento, o General recebeu aplausos de parlamentares bolsonaristas. O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) argumentou que essa afirmação poderia ser vista como um incentivo para ações violentas, como colocar uma bomba no Aeroporto de Brasília.
O deputado pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) apontou uma contradição na declaração do General, observando que ele estava, de certa forma, contradizendo a si mesmo ao dizer: "eu continuo achando que bandido não sobe a rampa". Vieira sugeriu que, se isso fosse verdade, então a declaração do General implicaria que Lula não é um bandido, já que ele ocupou a presidência.