A Procuradoria-Geral da República (PGR) negou o pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para participar como assistente de acusação no inquérito sobre a agressão sofrida pelo magistrado e sua família no aeroporto de Roma, na Itália.
Moraes e outros familiares desejavam auxiliar a acusação, mas a PGR disse não haver “previsão legal” para isso nesta etapa do processo. Na decisão, a procuradoria ordenou também a inclusão dos testemunhos das filhas de Moraes no caso.
O sigilo do inquérito foi levantado, mas os vídeos da agressão permanecem disponíveis apenas “às partes e aos analistas e peritos”.
Relembre o caso
Em julho, Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Fiumicino, em Roma. Ao passar pelo terminal com a família, o ministro ouviu gritos de “bandido, comunista e comprado”, supostamente praticados pelo empresário Roberto Montovani.
O empresário teria agredido também o filho do magistrado. Segundo inquérito da Polícia Federal, Montovani “parece”, após análise das imagens, ter batido com as costas da mão em Alexandre Barci.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria pedido a ministros palacianos por uma “punição exemplar” ao empresário. Segundo o mandatário, essa seria a única forma de conter uma possível escalada de agressões e atos de hostilidade contra autoridades públicas.