Uma mãe denuncia que o filho que morreu algumas horas após o parto, no Hospital Estadual de Luziânia, teve o corpo trocado no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e foi enterrado por outra família, no município. A Polícia Civil confirmou que investiga o caso. Segundo a prefeitura, o erro foi de uma das famílias durante o reconhecimento.
Tamires Oliveira Santos, mãe de Thaylor Gael Santos, que teve o corpo entregue à família errada, disse à TV Anhanguera que o bebê nasceu prematuro, com 7 meses de gestação. Segundo ela, o filho morreu 4 horas após nascer, no sábado (21), e a certidão não informa a causa.
Na última terça-feira (24), ela foi fazer o reconhecimento do corpo, mas recebeu a informação que uma família já tinha feito e levado o corpo. Diretor do SVO, Douglas Westphal relatou que houve um engano no momento de reconhecer o bebê.
“Nosso reconhecimento no SVO só é feito visualmente, a gente olha o corpo e reconhece. É muito mais simples quando é adulto, porque adulto você já tem o convívio e tudo mais, já conhece a pessoa. Mas duas crianças de 1,3 kg, mais ou menos, nascidas na mesma época, uma nasce morta e outra morre logo que nasce, a característica delas é muito parecida”, detalhou à reportagem.
Com o ocorrido, o SVO registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, na terça-feira, e as famílias foram comunicadas a comparecerem na corporação. O delegado Rafael Pareja ficou responsável pelo caso. O portal solicitou mais detalhes sobre a apuração.
Nossa equipe não conseguiu localizar a outra família. Conforme boletim, contudo, o reconhecimento teria ocorrido pela mãe através de um vidro. Como era muito pequeno, ela acreditou que pudesse ser o dela – que, diferente de Thaylor, teria nascido morto.
Houve pedido pela exumação do corpo de Thaylor Gael para que a família possa enterrá-lo da forma devida. Tamires e o marido vão acionar a Justiça. A segunda família ainda aguardava a liberação do corpo do bebê que está no Instituto Médico Legal (IML) até o começo desta tarde de quarta (25).
Em relação à prefeitura, ela informou por nota que “se solidariza com as famílias e lamenta profundamente o ocorrido. Todavia, esclarece que o reconhecimento do corpo de pessoas em óbito é realizado exclusivamente pela família. Especificamente, neste caso, uma das famílias fez o reconhecimento equivocado do corpo de uma das crianças, o que infelizmente causou todo o transtorno. A Prefeitura também comunica que está à disposição para prestar toda assistência necessária às famílias”.