11/12/2023 às 11h04min - Atualizada em 11/12/2023 às 11h04min

Ato contra indicação de Dino ao STF é realizado em Brasília

Manifestantes se concentraram na Esplanada dos Ministérios neste domingo (10.dez); políticos de oposição participaram.

Manifestantes fazem ato em Brasília pós-8 de Janeiro.

Manifestantes vestidos de verde e amarelo realizaram na manhã deste domingo (10.dez.2023) na Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília, um ato contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao STF (Supremo Tribunal Federal). Fotos do local mostram que o número de pessoas foi modesto. Outros atos estavam previstos pelo Brasil ao longo do dia.

Nas redes sociais, vídeos compartilhados pelos políticos de oposição que estavam presentes ao ato mostram que o público foi bem inferior a manifestações anteriores realizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Veja abaixo as imagens postadas por Nikolas Ferreira (PL-MG) e Magno Malta (PL-ES)

No lado da oposição, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) também postou imagens do ato. Em seu perfil no X, ele publicou uma foto tirada de um ponto mais alto, possivelmente tirada de um drone, para dizer que a manifestação “flopou” e que era um “vexame”.

A foto, no entanto, não é do momento de maior concentração de apoiadores em frente ao trio elétrico. Por causa do sol e do calor, muitos que foram ao local ficaram na lateral da Esplanada, embaixo de árvores. Depois, eles se juntaram ao restante do público.

Além de Dino, as pessoas protestaram contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e a morte de Cleriston Pereira da Cunha, preso por envolvimento no 8 de Janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A mulher e as filhas de Cleriston discursaram na manifestação.

Aliados e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram da manifestação. Políticos de direita como Nikolas Ferreira (PL-MG) e os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES) subiram no carro de som e endossaram as pautas do evento. Eles haviam divulgado o ato em suas redes sociais.

“A guerra que nós estamos vivendo é política, cultural, mas sobretudo espiritual. Quem está no comando é Deus. Eu peço a vocês que até o dia 13, que não foi por acaso, que oremos de joelhos pedindo a intervenção de Deus para que o senadores ao votarem pensem nos próximos 26 anos de quem vai ficar nessa nação”, disse Eduardo Girão.

O ato é realizado 11 meses depois do 8 de Janeiro, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes e destruíram o interior dos prédios. Os envolvidos diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em outubro de 2022. 

Em seu discurso, o senador Magno Malta disse que a data da sabatina -13 de dezembro- foi escolhida em alusão ao número do PT na urna. A data foi anunciada pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) em 27 de novembro.

O congressista também mencionou os condenados pelo 8 de janeiro. Em outubro, o ministro Moraes votou pela condenado de réus pelos atos que deprederam os prédios públicos sede dos Poderes. O magistrado propôs punições que variam de 3 a 17 anos de prisão, além do pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos..

“Vocês sabem por que as penas são 17 anos? Porque 17 era o número de Bolsonaro. Vocês sabem porque a multa foi de R$ 22 milhões? Porque o número dele [Bolsonaro] é 22. Vocês sabem por que marcaram a sabatina de Dino no dia 13? Porque é o número do PT. É para debochar do povo, do Senado e da Câmara Federal”, disse Magno Malta.

O deputado Nikolas Ferreira pediu a soltura de todos os presos do dia 8 de janeiro. Ele criticou o ministro decano do STF, Gilmar Mendes, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

 


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