08/07/2017 às 08h47min - Atualizada em 08/07/2017 às 08h47min

Temer diz na Europa que não há crise econômica no Brasil

Crise fechou 10 mil lojas em todo País no primeiro semestre

Notibras

Crise fechou 10 mil lojas em todo País no primeiro semestre

O comércio brasileiro registrou o fechamento de 9.965 lojas no primeiro trimestre. Apesar de ainda negativo, o número mostra forte desaceleração depois de um longo período de contração no varejo. Segundo dados apresentados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o fechamento de lojas nos primeiros três meses do ano foi 75% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Para a entidade, isso indica melhora significativa no setor.

Embora o indicador ainda esteja no vermelho, há expectativa de que feche o ano no zero a zero. O que, na avaliação da CNC, pode ser considerado um fato favorável. O economista-sênior da CNC, Fabio Bentes, prevê ainda que o comércio deve voltar a registrar abertura líquida de lojas em 2018.

O economista disse ainda que há perspectiva de um quadro bem mais favorável no segundo semestre de 2017. A CNC estima um crescimento 1,2% no varejo no ano de 2017 em relação ao anterior Até o primeiro quadrimestre, há queda de 1,8%, mas a expectativa é de trajetória favorável nos próximos meses.

Apesar do número global ser negativo no quadrimestre, as vendas já estão positivas nos setores de vestuário e calçados, materiais de construção e móveis e eletrodomésticos.

Supermercados. A expectativa é que o próximo setor que voltará ao azul seja o de hiper e supermercados – o mais importante do varejo brasileiro. Esse segmento vem apresentando aumento da concentração e a tendência deve continuar, cita a CNC. Outras tendências são o aumento da presença de importados no fim do ano e a indicação de que o comércio de rua deve perder mais espaço para o comércio eletrônico.

A entidade do comércio também traçou um cenário mais favorável no emprego no varejo, com estabilidade no ano de 2017 – que deve terminar com pequeno crescimento de 2 mil postos de trabalho – depois do grande fechamento de 175 mil empregos em 2015 e 177 mil vagas em 2016.

“Apesar da política, a economia anda”, disse o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas. Ele ainda destacou que os sinais para a atividade em 2018 são favoráveis e que o “pior já passou”.


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