"Somos nós que nos dividimos entre os ministérios, o plenário e nossas bases, sendo vozes dos nossos representados. Não admitimos ser criticados por isso. Quanto mais intervenção fizermos no Orçamento mais o Brasil esquecido será ouvido", disse Lira.
Em discurso cheio de recados no reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negou que o momento seja de "tensão" com o Palácio do Planalto, defendeu o acesso dos deputados ao Orçamento da União e cobrou do governo "compromisso com a palavra dada", ao se referir a emendas parlamentares.
"Somos nós que nos dividimos entre os ministérios, o plenário e nossas bases, sendo vozes dos nossos representados. Não admitimos ser criticados por isso. Quanto mais intervenção fizermos no Orçamento mais o Brasil esquecido será ouvido. Somos o elo com os mais de cinco mil municípios. Não faltamos ao governo e esperamos da mesma forma o reconhecimento, o respeito e o compromisso com a palavra dada, que é cláusula pétrea no nosso dia a dia", disse Lira em seu discurso.
"Não esperamos menos do que isso para cada um dos nossos 512 colegas de trabalho. Com essa regra do jogo simples fazemos nosso papel de legislar em interesse do país. Essa casa nunca foi ponto de tensão nem de desequilíbrio", disse.
O presidente da Câmara anunciou as prioridades da pauta desse ano e citou a complementação da reforma tributária, a continuidade da votação da reforma administrativa e a regulamentação do uso da inteligência artificial nas eleições deste ano.