O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu para a Casa Branca, sede do governo federal norte-americano, remarcar uma visita a Washington D.C. a fim de discutir alternativas a uma ofensiva em Rafah, cidade ao sul de Gaza. Inicialmente, a viagem estava marcada para 4ª feira (27.mar.2024).
Os EUA se abstiveram em votação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre uma resolução de cessar-fogo na Faixa de Gaza até 9 de abril. Em resposta, Netanyahu cancelou a viagem com a justificativa de que Israel não cederia à pressão internacional sobre a guerra.
Segundo informações do jornal israelense The Times of Israel, o gabinete de Netanyahu disse, em comunicado, que a decisão dos EUA de não vetar a resolução “prejudica os esforços da guerra” e as tentativas “para libertar os reféns”.
“ O lado ruim da decisão dos EUA foi que isso encorajou o Hamas a adotar uma linha dura e a acreditar que a pressão internacional impedirá Israel de libertar os reféns e destruir o Hamas”, afirmou a nota.
A reunião foi a pedido do presidente norte-americano Joe Biden, que considerou o cancelamento uma “reação exagerada do governo israelense”.
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse, em entrevista à TV israelense, que os EUA se opõem a uma ofensiva terrestre em Gaza. Segundo ele, “é preciso um plano para protegê-los”.
Com a resolução de cessar-fogo, o Hamas rejeitou a oferta israelense que previa a troca de 800 prisioneiros palestinos por 40 reféns sequestrados na invasão a Israel e 7 de outubro. O documento recebeu 14 votos a favor e 1 abstenção.