Vital Furtado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pressionado tanto por Senadores quanto deputados, se viu obrigado a se manifestar uma continuada tendência do Supremo Tribunal Federal (STF) em usurpar as atribuições dos parlamentares. A Pressão foi tanta que, Pacheco argumentou que o STF tem extrapolado seu papel ao legislar diretamente sobre questões que são de competência exclusiva do Congresso Nacional.
A preocupação do Congresso foi e vem sendo motivada por decisões recentes do STF que têm impacto direto na legislação e nas políticas públicas, sem passar pelo crivo do Legislativo. De acordo com Pacheco e congressistas de um modo geral, é fundamental respeitar a separação dos poderes e garantir que cada um exerça suas funções sem invadir a esfera de competência do outro.
Essa postura de Pacheco por livre e espontânea pressão dos colegas de parlamento reflete um debate mais amplo sobre o papel do STF e a necessidade de garantir o equilíbrio de poderes no país. A discussão sobre os limites da atuação do STF continuará sendo um tema importante na agenda política brasileira.
Acertos de Pacheco
Essa iniciativa de equilibrar os poderes entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tem gerado debates acalorados, com alguns apoiando a ideia de limitar os poderes do STF, enquanto outros acreditam que isso poderia enfraquecer a independência do judiciário e minar o Estado de Direito. A discussão está longe de chegar a um consenso, mas evidencia a importância do debate sobre o equilíbrio de poderes no Brasil.
Mesmo assim, depois de intensificar as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), sem apresentar explicações claras, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem adotado uma postura de omissão em relação aos abusos percebidos do ministro Alexandre de Moraes, membro da corte. Essa mudança de postura tem sido objeto de debate e críticas por parte de alguns setores da sociedade e da classe política.
Omissão de Pacheco:
Pacheco, que antes se mostrava incisivo em suas críticas ao STF, especialmente em relação a decisões que considerava como interferência no Legislativo, agora parece evitar confrontos diretos e se abster de comentários sobre as ações de Alexandre de Moraes. Essa mudança de postura levanta questionamentos sobre a coerência e a independência do presidente do Senado em relação ao Judiciário.
O silêncio de Pacheco em relação aos supostos abusos de Alexandre de Moraes tem sido interpretado por alguns como uma tentativa de evitar conflitos e preservar a relação entre os poderes, enquanto outros veem isso como uma falta de compromisso com a defesa das instituições democráticas e da separação de poderes. O papel de Pacheco nesse contexto continuará sendo observado de perto pela sociedade e pelos demais membros do Congresso Nacional.
Advogado de defesa
Para grande parte da sociedade, Pacheco está preocupado mesmo é em manter uma boa relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, tem buscado apoiar projetos que possam ser favoráveis ao novo governo. Essa aproximação de Pacheco com Lula pode ser estratégia do presidente do Senado em construir alianças no cenário político atual.
Ao apoiar projetos do governo, além de muitos críticos não considerarem que não demonstra disposição para colaborar e negociar, mas sim, gerar críticas por parte de alguns setores da sociedade que veem com desconfiança a relação entre o Legislativo e o Executivo.
Sonhos
Apesar de seu maior sonho e plano político de chegar ao governo de Minas Gerais, para que os mineiros passem a lhe ver com bons olhos, Pacheco vai se ver obrigado e deixar a omissão de lado, e começar a exigir por parte do STF o cumprimento da Constituição Brasileira e não das 11 constituições rezadas por cada ministro da corte, inclusive, acenando que a qualquer momento pode desarquivar de sua gaveta alguns pedidos de Impeachment da alguns membros da tal corte. Essa será a única forma para Pacheco construir uma base política sólida que os possibilite disputar as eleições para o Estado de Minas Gerais.
Pois, se Pacheco alimenta o sonho de ser governador de Minas Gerais, é importante considerar que suas ações e decisões como presidente do Senado podem influenciar sua imagem pública e sua viabilidade como candidato. Políticos frequentemente buscam equilibrar suas agendas políticas e suas aspirações pessoais com as demandas e expectativas da população.
Intromissão
A
Pacheco X Lira - Ilustração: Montagem
postura de Rodrigo Pacheco em relação a certas questões políticas tem gerado controvérsias e debates acalorados. Após um período de relativo silêncio em relação à suposta omissão diante de abusos percebidos do Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente, Pacheco tem direcionado críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seu colega de partido, em meio a divergências sobre a tramitação de projetos e a condução de pautas (projetos do governo). Essa postura de confronto com Lira representa uma mudança na relação entre os líderes do Legislativo e pode impactar a governabilidade e a relação entre os poderes.
A atitude de Pacheco tem sido interpretada de diferentes maneiras, com alguns apoiando sua postura de cobrar transparência e responsabilidade na condução dos trabalhos legislativos, enquanto outros veem suas críticas como uma estratégia política para fortalecer sua imagem pública e suas aspirações políticas, sendo que essa última estratégia não passa de um devaneio.
O eleitor atento, percebe que a relação entre Rodrigo Pacheco e Arthur Lira tem sido marcada por tensões e desentendimentos, especialmente em relação ao infeliz comentário do presidente do Senado em relação ao projeto de lei das fake news. "Eu faria ser aprovado", disse Pacheco em referência ao projeto que foi arquivado por Lira.
Essa declaração de Pacheco gerou controvérsia e levantou questões sobre os limites da atuação do presidente do Senado em relação à Câmara dos Deputados. Além disso, evidenciou as divergências internas no Congresso Nacional e a complexidade das relações políticas no cenário atual.
A postura de Pacheco em relação ao projeto das fake news é vista por alguns como uma tentativa de pressionar Lira e o governo, enquanto outros a interpretam como uma defesa da democracia e do combate à desinformação. Independentemente da interpretação, fica evidente que a relação entre os líderes do Legislativo continua sendo um elemento-chave na condução dos trabalhos do Congresso Nacional e na definição dos rumos políticos do país.
Lira evitou atrito com Pacheco:
No entanto, é possível que, em momentos de tensão ou divergência, principalmente com a infeliz declaração de Pacheco ao dizer: “"Eu faria ser aprovado", diz Pacheco sobre Lira enterrar PL das Fake News”, Lira tenha ponderado sobre a abordagem de Pacheco e considerado como agir caso estivesse em sua posição. Mas, conhecendo o temperamento de Lira quando ele é cutucado, com certeza, mesmo preferindo a cautela, a língua de Lira coçou e seu diabinho o perturbou pra ele dizer: “E se eu fosse o Pacheco, já teria colocado em votação, todos os pedidos de IMPEACHMENTE dos ministros do STF, os quais ele engavetou”.
Vital Furtado, é jornalista e Radialista aposentado.