Ser ou não ser, eis a questão.

​Foto: Arquivo CSM

O papel de um jornalista vai além de simplesmente relatar fatos; envolve a responsabilidade de vender o seu produto da melhor maneira possível. Para cumprir esse objetivo, o jornalista deve possuir habilidades em comunicação, escrita e uma compreensão profunda dos interesses e necessidades de seu público-alvo.

Vender a informação de maneira eficaz exige que o jornalista seja um bom contador de histórias. Mesmo os fatos mais simples podem ser transformados em fatos envolventes que despertam o interesse e a curiosidade do leitor. Isso não significa distorcer a verdade, mas sim apresentar os fatos de uma maneira que seja tanto informativa quanto cativante. O jornalista deve encontrar o equilíbrio entre ser objetivo e ao mesmo tempo manter a atenção de sua audiência.

No caso do assessor de imprensa parlamentar, o produto a ser vendido de maneira eficaz é o deputado que ele representa. Esse profissional tem a missão crucial de construir e manter a imagem pública do (a) parlamentar, comunicando suas ações, projetos e posicionamentos de forma positiva e impactante. O objetivo é conquistar a confiança e o apoio da população, garantindo que a mensagem do deputado chegue clara e assertivamente ao seu público-alvo.

Para vender bem seu deputado, o assessor de imprensa deve ser hábil em criar fatos envolventes que destacam as qualidades e realizações do parlamentar.

Por fim, a relação com a mídia, seja ela comercial ou alternativa, esta última,que leva a notícia às pessoas que não podem comprar o exemplar de um jornal comercial, é um pilar fundamental no trabalho do assessor de imprensa parlamentar. Construir e manter um bom relacionamento com jornalistas e veículos de comunicação é vital para garantir que as ações do (a) deputado (a) sejam divulgadas de maneira justa e favorável. O assessor deve ser proativo em fornecer informações precisas e de interesse público, facilitando o trabalho da imprensa e, ao mesmo tempo, assegurando que o parlamentar esteja bem representado. Dessa forma, o assessor de imprensa não apenas vende o "produto" deputado (a), mas também fortalece sua credibilidade e influência no cenário político.

Jormalista Ctrl C, Ctrl V e dono do (a) parlamentar.
Mas, infelizmente, há assessores de imprensa que querem ser mais autoridade do que o próprio parlamentar. Esses profissionais acabam por comprometer a relação de confiança que deve existir entre o deputado e seu público. Quando o assessor assume um papel de protagonismo excessivo, ele ofusca o verdadeiro representante eleito, desviando a atenção das ações e intenções do parlamentar.

Esse comportamento pode gerar conflitos internos e descoordenação nas estratégias de comunicação. O assessor que tenta se destacar mais do que o (a) parlamentar pode acabar criando uma imagem distorcida, onde as prioridades e realizações do (a) deputado (a) são negligenciadas. Isso não só prejudica a imagem do parlamentar, mas também pode resultar em uma comunicação confusa e ineficaz com a mídia e os eleitores.

Além disso, a tentativa do assessor de se colocar acima do parlamentar pode minar a credibilidade e a autoridade do (a) deputado (a). Os eleitores e a mídia esperam transparência e autenticidade de seus representantes eleitos, e quando um assessor interfere de maneira inadequada, isso pode ser percebido como manipulação ou falta de clareza. Esse tipo de comportamento é prejudicial para a carreira política do parlamentar e para a confiança pública na instituição.

Por fim, é essencial que o assessor de imprensa entenda seu papel como facilitador e defensor da imagem do (a) parlamentar, não como uma figura de poder. A relação entre assessor e deputado (a) deve ser de apoio e colaboração, onde o assessor trabalha nos bastidores para garantir que a voz e a mensagem do (a) parlamentar sejam transmitidas de maneira clara e eficaz. Somente assim, o verdadeiro objetivo de comunicar e representar os interesses públicos serão alcançados de maneira justa e transparente.