10/06/2024 às 06h42min - Atualizada em 10/06/2024 às 06h42min

Leilão de arroz do governo foi arrematado por loja de queijos e por empresário que confessou propina

A medida tem como objetivo atenuar os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul, que afetou o abastecimento e os preços do arroz

​Legenda: Queijo Minas, no Amapá, foi a maior vencedora do leilão de arroz do Governo Federal Foto: Google Street View

Uma loja que tem como atividade principal a venda de leite e laticínios em Macapá, no Amapá, foi a principal arrematante do leilão de arroz do Governo Federal. O negócio adquiriu o direito de vender 147,3 mil toneladas do cereal.

Ao todo, quatro empresas venceram. Além da loja de leite e laticínios, outro estabelecimento de Brasília também está entre os arrematantes. O dono da empresa em questão disse à Justiça que já pagou propina para conseguir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal.

Outra empresa vencedora foi a Icefruit, que tem sede em Tatuí (SP). Ela arrematou dois lotes do leilão, oferecendo 19,7 mil toneladas de arroz por cerca de R$ 98 milhões.

TRAGÉDIA NO SUL
O Governo Federal comprou 263,3 mil toneladas de arroz importado, totalizando R$ 1,3 bilhão. A medida tem como objetivo atenuar os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul, que afetou o abastecimento e os preços do arroz. O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 70% da produção de arroz do País.

À Folha, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo leilão, disse que as empresas arrematantes precisam garantir a entrega do produto em um de seus armazéns, conforme o edital, e atender critérios de documentação e qualidade.


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