O policial civil investigado por proferir ameaças de morte contra o promotor de Justiça Tales Tranin, do Ministério Público do Acre (MP-AC), foi preso neste domingo (9) em Rio Branco. Na ocasião, foi cumprido o mandado de prisão, requerido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que atua de forma independente.
A prisão foi cumprida pela Polícia Civil em conjunto com a 1ª Promotoria de Justiça Criminal, que conduz as investigações com o Gaeco desde que houve o conhecimento destas ameaças, ainda em abril deste ano, quando o caso foi encaminhado pela Procuradoria-Geral de Justiça.
Além disto, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra o acusado, que não teve a identidade divulgada desde que o caso ganhou repercussão.
No entanto, o policial responde a processos no âmbito da Corregedoria de Polícia, segundo o governo do estado. O g1 entrou em contato com o promotor, que disse que não irá se pronunciar sobre o caso. "Sobre as ameaças, procurem o Gaeco, eles que podem falar sobre isso", resumiu.
As investigações já haviam sido feitas pelo MP. Em nota, publicada no dia 4 de junho, o órgão disse que medidas administrativas foram tomadas para manter a integridade física de Tranin. Ainda segundo o MP, o processo está em segredo de justiça.
O g1 também tentou contato com o coordenador do Gaeco, promotor Bernardo Albano, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo o governo do Acre, que também divulgou uma nota pública na segunda-feira (3), foi aberto um procedimento investigatório para apurar os fatos, no âmbito da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
"Existem processos administrativos disciplinares (PADs) findos e em andamento em relação a policiais civis, e em todos observamos as garantias constitucionais como a ampla defesa e o contraditório. Mais, alguns desses procedimentos estão no âmbito de outras esferas do governo, inclusive com decisão da nossa instituição pela demissão", disse.