O Brasil não assinou o comunicado oficial da Cúpula para a Paz na Ucrânia. O evento foi realizado neste domingo (16/6) na Suíça, país por onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou durante a última semana, e encerrou com o documento endossado por 84 países.
Nações como Estados Unidos, União Europeia, Japão, Argentina e Quênia assinaram o texto, no qual pedem negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia, além de reafirmar “a integridade territorial” dos ucranianos.
Em coletiva de imprensa na Itália, durante o sábado (15/6), Lula antecipou a decisão de não se juntar aos signatários do comunicado. O chefe do Executivo falou ter conversado com a presidente da Suíça, Viola Amherd, e disse que “o Brasil só participará de reunião para discutir a paz quando os dois lados em conflito estiverem sentados na mesa”.
“Como ainda há muita resistência, tanto do [Volodymyr] Zelensky quanto do [Vladimir] Putin de conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça do jeito que quer. E, depois de um documento assinado com a China, nós estamos propondo que haja uma negociação efetiva, que a gente coloque a Rússia e o Zelensky na mesa e vamos ver se é possível convencê-lo que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra”, afirmou.
Lula não compareceu à cúpula na Suíça, mas enviou a embaixadora brasileira em Berna, Cláudia Fonseca Buzzi, como observadora do evento.