O ator, ativista e doador do partido Democrata George Clooney pediu nesta quarta-feira (10/7) que Joe Biden deixe a disputa presidencial contra o candidato do partido Republicano, Donald Trump.
Em um artigo de opinião publicado no The New York Times, Clooney elogiou o presidente, mas também criticou o estado atual dele.
"Eu amo Joe Biden. Como senador. Como vice-presidente e como presidente. Eu o considero um amigo e acredito nele. Acredito em seu caráter. Acredito em sua moral. Nos últimos quatro anos, ele venceu muitas das batalhas que enfrentou”, escreveu.
Clooney reforçou, porém, que a única batalha que Biden não pode vencer é a "luta contra o tempo". O ator acrescentou que o Biden com quem estava três semanas atrás na arrecadação de fundos não era o "Joe 'big fu**ing deal' Biden de 2010" — valendo-se de um palavrão para lembrar a ação do presidente naquele ano.
O evento citado por Clooney foi o evento de arrecadação de fundos para a reeleição de Biden, que aconteceu em 15 de junho e contou com a presença do presidente, de Barack Obama e do ator. Foram arrecadados cerca de US$ 28 milhões para a campanha (o que equivale a mais de R$ 151 milhões).
"Ele nem era o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos nós testemunhamos no debate", acrescentou Clooney. “Nossos líderes partidários precisam parar de nos dizer que 51 milhões de pessoas não viram o que acabamos de ver. Estamos todos tão aterrorizados com a perspectiva de um segundo mandato de Trump que optamos por ignorar todos os sinais de alerta".
O ator também solicitou que os principais democratas peçam a Biden que deixe a disputa presidencial e citou Chuck Schumer (líder democrata do Senado), Hakeem Jeffries (líder democrata da Câmara) e Nancy Pelosi (ex-presidente da Câmara dos EUA).