07/09/2024 às 05h54min - Atualizada em 07/09/2024 às 05h54min

Anielle se manifesta após demissão de Almeida: "Contribuirei com as apurações"

"Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula", escreveu Anielle

​Anielle fez um post nas redes sociais, mas não citou diretamente Silvio Almeida - (crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se pronunciou após a demissão do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, na noite desta sexta-feira (6/9). Anielle fez um post nas redes sociais, mas não citou diretamente Silvio Almeida.

"Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi", dizia parte do texto de Anielle.

A ministra ainda completou: "Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada".

Demissão de Silvio Almeida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu demitir Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania. A decisão foi divulgada na noite desta sexta-feira (6/9), pouco mais de 24 horas depois do Movimento Me Too ter revelado denúncias de assédio sexual contra Almeida. Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A decisão foi tomada após Lula ter reuniões com Silvio Almeida e Anielle Franco durante a sexta-feira. De acordo com nota publicada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Lula considera "insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual". "O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada", diz trecho da nota.

O ministro Silvio Almeida foi chamado na noite de quinta-feira (5/9) para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração. A Polícia Federal abriu um protocolo inicial de investigação sobre o caso.


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