Em todo o mundo, a Estratégia Saúde da Família é apontada pela maioria dos especialistas como o modelo mais eficaz de atendimento de saúde pública na atenção primária para a população. É o modelo preconizado pelo Ministério da Saúde e o que é usado nos países onde funciona melhor a saúde pública, como Inglaterra, Canadá e Portugal. O Distrito Federal está neste momento passando por uma mudança que fará com que todos os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde sejam feitos com base na Estratégia Saúde da Família. Em Ceilândia, não será diferente.
Pela Estratégia Saúde da Família, uma equipe formada por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e equipe de saúde bucal atende a uma mesma população de até 3.750 pessoas. Passa a conhecer de perto seus problemas e a acompanhá-los. Estima-se que 85% dos casos conseguem ser resolvidos pela atenção primária quando se usa esse modelo, fazendo com que diminuam as filas nas emergências dos hospitais.
Infelizmente, pessoas que não têm compromisso com a saúde da população, mas com outros interesses, têm reagido à mudança e espalhado boatos com o objetivo de evitar que esse projeto tenha sucesso. Dentro dessa linha, espalha-se agora o boato de que a Unidade Básica de Saúde 04 da Ceilândia será fechada. Isso não é verdade! A UBS 04 está funcionando normalmente. Ela, juntamente com as demais Unidades Básicas de Saúde, passa pelo processo de mudança que aos poucos vai-se espalhando por toda a rede.
Atualmente, a Ceilândia conta com 15 Unidades Básicas de Saúde em funcionamento. Doze já estão no modelo Estratégia Saúde da Família e três no modelo tradicional. Até o fim do ano, 75% da cobertura de Atenção Primária em Ceilândia já acontecerá no modelo Estratégia Saúde da Família. Tais mudanças geram a necessidade de ajustes nas UBSs, considerando o perfil epidemiológico de cada unidade.
A UBS 6 está neste momento em transição para a Estratégia Saúde da Família. Hoje, ela conta com duas Equipes de Saúde da Família já completas e duas equipes de transição, com cinco médicos e cinco enfermeiros que se preparam para a mudança para o novo modelo.
A UBS 4 ainda não passou pelo processo de conversão. Seu atendimento não está nem estará suspenso. O território vinculado a ela continua sob sua responsabilidade. No modelo tradicional, a UBS 4 conta hoje um clínico, um ginecologista, um pediatra e três enfermeiros. Todos os profissionais estão orientados a acolher os usuários que buscarem o serviço, seja em demanda espontânea seja de forma agendada conforme o território vinculado à UBS. Em nenhum momento, no processo de conversão, a população deixará de ser assistida.
Assim, não dê ouvidos aos boatos e aos protestos de quem não deseja a melhoria da saúde pública. Mas apenas confundir.