02/08/2017 às 07h11min - Atualizada em 02/08/2017 às 07h11min

Em discussão por posse de terra, PM mata outro policial da corporação

O crime aconteceu na MI 10 chácara vale dos ipês. O subtenente da reserva, Osvaldo Arcanjo de Souza, disparou no peito do 2º sargento Raimundo Ribeiro dos Santos Muller.

Correioweb

Um subtenente da reserva da Polícia Militar matou um colega da corporação, no Lago Norte na manhã desta terça-feira (1º/8). Em uma discussão sobre posse de um terreno, na MI 10 chácara Vale dos Ipês, Osvaldo Arcanjo de Souza disparou no peito do 2º sargento Raimundo Ribeiro dos Santos Muller. A vítima foi socorrida ao Hospital Regional do Paranoá (HRPA), mas morreu. Ele atuava no Colégio Militar Tiradentes. O policial que efetou o disparo será autuado por homicídio. 

Segundo a Polícia Civil, os dois militares estavam de folga. O crime ocorreu por volta das 6h. Após o fato, o policial responsável pelos disparos se apresentou junto com advogado na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). A vítima morava no lote da MI 10 do Lago Norte. E o autor dos disparo tinha uma casa construída, mas não habitava no local. 

 

A cunhada da vítima, Cinara dos Santos, 49 anos, que também é subtenente da PM, diz que Raimundo morava no local há dois anos e, durante esse período, vendeu uma parte do terreno para o Osvaldo. O autor dos disparos até construía uma casa, mas os dois disputavam judicialmente pela parte de trás do terreno. Cinara conta que a vítima acordou para levar o filho do meio para escola, quando ouviu um barulho do lado de fora da casa e saiu para verificar. Com a demora do pai, ele foi atrás e o encontrou caído. 

 
Isa Stacciarini/CB

Isa Stacciarini/CB


Familiares de Raimundo em frente a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá
Segundo Cinara, o adolescente carregou Raimundo raimundo nos braços, Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu na cirurgia. "Ele era um paizão. Cuidava dos vizinhos e era uma pessoa conhecida na região. É inacreditável que um irmão de farda mate um inocente. Acredito que ele (Osvaldo) armou a sangue frio porque é ganancioso.  Nós que somos da corporação sempre nos defendemos e tememos ser morto na rua. Mas, nesse caso foi por irmão policial. Espero que ele viva muito para lembrar que tirou a vida de uma pessoa de bem", lamenta.

 

 

Em nota, a PM informou que o caso será apurado pela Corregedoria da corporação e pela justiça comum, por se tratar de um crime como qualquer outro. “Os detalhes e circunstâncias do fato serão apurados em procedimentos próprios”, informou.


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