Enquanto planejava a retaliação ao ataque iraniano e comemorava, em alerta, o feriado de Rosh Hashaná (Ano-Novo Judaico), Israel anunciava as primeiras baixas no sul do Líbano. Oito soldados de elite das Forças de Defesa de Israel (IDF), entre 21 e 23 anos, morreram durante emboscadas. Entre os mortos, estão cinco militares da Unidade Egoz, especializada em combates contra o movimento xiita Hezbollah; dois da Unidade de Reconhecimento Golã; e um da Unidade Yahalom (de engenharia). O jornal israelense The Times of Israel informou que os soldados da Unidade Egoz foram abatidos em um vilarejo. Depois de um primeiro ataque, os militares socorriam colegas quando foram alvos de morteiros disparados pelo Hezbollah.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou condolências às famílias dos soldados, por meio de um vídeo. "Gostaria de enviar minhas sinceras condolências às famílias de nossos heróis que caíram no Líbano, que Deus os vingue e que suas memórias sejam uma bênção", declarou o premiê. "Estamos no meio de uma guerra dura contra o eixo do mal do Irã, que busca nos destruir. Isso não vai acontecer. Resgataremos nossos reféns no sul, devolveremos nossos moradores no norte, garantiremos a eternidade de Israel", acrescentou.
Mais cedo, as IDF advertiram que qualquer casa usada pelo Hezbollah para fins militares será alvejada. Ao mesmo tempo, ordenaram que moradores de 20 vilarejos do sul do Líbano saiam das áreas imediatamente, sob a justificativa de que estariam preparando uma ação contra os combatentes da milícia. "Para sua segurança, vocês devem sair de suas casas imediatamente. Qualquer um que esteja perto de agentes do Hezbollah, suas instalações ou suas armas, se coloca em risco", avisou o coronel Avichay Adraee, porta-voz das IDF no idioma árabe. Nos últimos 10 dias, Israel atacou 3.600 alvos ligados ao Hezbollah.
O Exército israelense informou que o Hezbollah disparou 140 foguetes contra o Estado judeu. Por sua vez, o governo libanês anunciou que o número de mortos nos bombardeios de Israel, desde o início do atual conflito, passa de 1.400. Mais de 900 mil pessoas — um quinto da população do país — foram forçadas a se deslocar internamente.