14/10/2024 às 05h38min - Atualizada em 14/10/2024 às 05h38min

Netanyahu pede ao chefe da ONU que coloque os capacetes azuis no Líbano fora de perigo

Quarenta países se unem para pedir a proteção das tropas de de manutenção de paz das Nações Unidas

Pelo menos cinco soldados ficaram feridos nos últimos dias em combates entre o exército israelense e o Hezbollah no sul do Líbano

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instou neste domingo (13) o secretário-geral da ONU, António Guterres, a colocar “imediatamente” as forças de manutenção da paz da organização no Líbano (Unifil) fora de perigo.  “Senhor secretário-geral, coloque as forças da Unifil fora de perigo. Tem que ser feito agora, imediatamente”, declarou Netanyahu em um discurso gravado, dirigindo-se a Guterres. Pelo menos cinco soldados da paz ficaram feridos nos últimos dias em combates entre o exército israelense e o movimento pró-iraniano Hezbollah no sul do Líbano.
 
“Condenamos energicamente os últimos ataques contra as forças de paz. Essas ações devem cessar imediatamente e ser devidamente investigadas”, escreveram os 34 países que contribuem para a força de paz e outros 6 Estados, entre eles Alemanha e Índia, em comunicado publicado na conta no X da missão da Polônia nas Nações Unidas. “Pedimos às partes em conflito que respeitem a presença da Unifil, o que inclui garantir a segurança de todos os seus funcionários, em todos os momentos”, acrescentaram.
 
A força de paz da ONU acusou na última quinta-feira (10) as tropas israelenses de dispararem “repetidamente” e “deliberadamente” contra as suas posições, o que gerou uma forte condenação internacional. Desde então, cinco capacetes azuis ficaram feridos, dois deles por disparos de Israel. “Consideramos o papel da Unifil particularmente crucial à luz da escalada da tensão no Oriente Médio”, ressaltaram os 40 países, entre eles Itália, Espanha, França, Reino Unido, Irlanda, Indonésia, China, Turquia e Catar. A Itália, um dos países que mais contribuem com tropas para a força de paz, com cerca de 900 militares mobilizados, mencionou possíveis crimes de guerra. Paris, Madri, Dublin e Jacarta também condenaram os ataques. Os Estados Unidos ressaltaram que estão “profundamente preocupados”.


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