O secretário municipal de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Pedro Guilherme Goiá de Moraes, decidiu deixar o comando da pasta após reunião com o interventor Márcio de Paula Leite, realizada na última sexta-feira (13). A saída foi confirmada por integrantes da equipe de transição.
Trata-se de ato contínuo em uma decisão tomada após a intervenção no órgão ter sido decretada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) à pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO). Conforme fontes ligadas à equipe de transição, o ex-secretário avaliou que não teria uma função efetiva no quadro intervencionista, indicado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), depois de ouvir o prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), o que foi determinante para sua saída.
O portal tenta contato com Pedro e com sua assessoria. O espaço está aberto para atualização.
Pedro Guilherme foi o terceiro titular da pasta em menos de uma semana antes que a intervenção fosse oficializada. A crise na saúde municipal, marcada por problemas administrativos, atraso nos pagamentos e falhas no abastecimento de medicamentos, culminou na intervenção solicitada pelo Ministério Público Estadual e aprovada pela Justiça.
A prisão de Wilson Pollara, uma passagem relâmpago da sucessora, Cynthia Mathias – que ficou apenas sete dias à frente da pasta – e uma declaração do próprio Pedro, que em uma entrevista relatou dificuldades em executar pagamento, expondo uma situação de calamidade financeira na pasta, motivaram o pedido de intervenção pelo MP.
A gestão da saúde de Goiânia está agora sob o comando do interventor Márcio de Paula Leite, que lidera um gabinete de crise com representantes do Estado, do Ministério Público e da Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo é estabilizar o sistema e preparar o terreno para o início da gestão de Sandro Mabel, em janeiro de 2025.
A equipe de transição do prefeito eleito destacou que o foco no momento é garantir o funcionamento básico das unidades de saúde e viabilizar as primeiras ações do novo governo. Para o futuro titular da Saúde, Luiz Gaspar Pellizer e o secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis, é possível que toda a crise já esteja controlada dentro da primeira quinzena de janeiro.