Ex-presidentes da Comurg são acionados por improbidade administrativa

Órgão aponta omissão em folha de pagamento

23/01/2025 06h30 - Atualizado há 1 dia
Ex-presidentes da Comurg são acionados por improbidade administrativa
​Alex Gama, Alisson Borges e Rodolpho Bueno: três ex-presidentes da Comurg na mira do MP (Foto: Divulgação)

Três ex-presidentes da Comurg, sob Rogério Cruz (SD), são alvo de ação de improbidade admnistrativa ajuizada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). São eles: Alisson Silva Borges, Alex Gama de Santana e Rodolpho Bueno Arantes de Carvalho. A medida decorre da omissão no envio de informações sobre a folha de pagamento e os dados de pessoal ao MPGO e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) entre 2020 e 2024.

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Goiânia, conduziu o inquérito que originou a ação. De acordo com ela, a ausência de prestação de contas resultou em uma decisão do TCM que converteu o processo em tomada de contas especial, visando apurar e ressarcir danos ao erário. Além disso, o tribunal aplicou a sanção de inabilitação para o exercício de cargos públicos por cinco anos a Alisson Borges e Alex Gama.

Detalhes da ação de improbidade administrativa

A promotoria detalhou as omissões de cada ex-presidente da Comurg no envio das informações obrigatórias:
•             Alex Gama de Santana: não apresentou contas de abril de 2021 a março de 2022;
•             Alisson Silva Borges: omitiu dados de março de 2022 a dezembro de 2023;
•             Rodolpho Bueno Arantes de Carvalho: não prestou contas durante o ano de 2023.

Leila Maria de Oliveira destacou que os três gestores foram formalmente notificados, mas permaneceram inertes. A omissão impediu uma análise detalhada de supersalários e outras irregularidades relacionadas à gestão de pessoal, configurando violação aos princípios da administração pública.

A promotoria solicita que os ex-dirigentes sejam condenados nos termos do artigo 11, com as seguintes penalidades:

•             Pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração recebida;
•             Proibição de contratar com o poder público por até quatro anos;
•             Proibição de receber benefícios fiscais ou creditícios pelo mesmo período.

Relembre a passagem dos ex-presidentes pela Comurg
O engenheiro Alex Gama participou do início da administração e assumiu a cadeira quando o MDB decidiu romper com o grupo do Republicanos, então partido de Cruz. Ele entregou o cargo após um ano frente ao órgão.

Quem o substituiu foi Alisson Borges que ganhou destaque ao deixar o Comurg em meio a um escândalo: uma operação da Polícia Civil encontrou R$ 431 mil em espécie em sua residência. Ele alegou perseguição política e afirmou que o montante foi declarado à Receita Federal.

Após sua saída, candidatou-se a vereador pelo Democracia Cristã (DC) nas eleições de 2024, mas não conseguiu ser eleito. Ele foi substituído por Rodolpho Bueno, que ocupava a vice-presidência e permaneceu até o final da administração.


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