O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, anunciou nesta quinta-feira (6/2) que o país deixará de participar do Conselho de Direitos Humanos da Organização da Organização das Nações Unidas (ONU).
Israel segue os Estados Unidos, que deixou o órgão oficialmente na terça-feira (4/2), após assinatura de decreto por parte do presidente Donald Trump. O republicano ainda manteve a suspensão de financiamento para a agência da ONU de assistência a palestinos (UNRWA).
Na rede social X (antigo Twitter), Gildeon Saar afirmou que "a decisão foi tomada à luz do preconceito institucional contínuo e implacável contra Israel no Conselho de Direitos Humanos, que tem sido persistente desde sua criação em 2006".
Decreto assinado por Trump
O documento assinado pelo presidente dos Estados Unidos afirma que o Conselho "não cumpriu seu objetivo e continua a ser usado como um órgão de proteção para países que cometem violações horríveis contra os direitos humanos".
O texto ainda propõe "revisar o envolvimento americano na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)", órgão do qual os Estados Unidos também se retiraram no governo Trump anterior.
Na época da criação do Conselho de Direitos Humanos, em 2006, o país era governado por George W. Bush, que promovia uma guerra ao terror após os acontecimentos de 11 de Setembro, o que levou a nação a ser acusada de diversas violações. Dessa forma, os Estados Unidos por muito tempo não foram um Estado-membro, mas apenas um observador.
O país só se envolveu diretamente no Conselho durante os governos Obama (2009-2017) e Biden (2021-2025).
O Conselho de Dieitos Humanos é composto por 47 países, escolhidos por votação direta dos Estados-membros da ONU para cumprir mandato de três anos.